Formação interprofissional nos cursos de graduação em saúde em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Amaral, Ana Regina do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/108/108131/tde-21112016-164128/
Resumo: Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro demanda profissionais com formação humanística, voltada para a integralidade da atenção, o trabalho interprofissional e em equipe. Apesar das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos da área da saúde, apontarem desde 2001/2002 que os cursos devem assegurar a formação de profissionais com competências e habilidades para a atuação interprofissional, a implantação destas diretrizes ainda é um desafio, especialmente no que diz respeito à integração curricular e ao atendimento às diretrizes do SUS. Objetivo: Este estudo tem por objetivo traçar um panorama da educação interprofissional em saúde (EIP) em Instituições de Ensino Superior (IES) no município de São Paulo, Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e Baixada Santista (RMBS). Metodologia: Estudo quanti-qualitativo sobre o cenário da EIP nos cursos de graduação das IES na área delimitada. Os dados foram coletados através de consulta e análise das informações contidas nos sites das IES que oferecem cursos de graduação em saúde, e de entrevistas com os coordenadores de cursos de uma IES que trabalha a EIP no Projeto Pedagógico do Curso (PPC). Os dados quantitativos foram analisados através de frequência simples e as entrevistas depois de transcritas foram analisadas com a utilização de análise de conteúdo. Resultados e Discussão: 80 IES ofereciam cursos de graduação na área de saúde, totalizando 307 cursos. A grande maioria dos websites das IES não disponibilizam informações requeridas pelo Ministério da Educação (MEC): 8,5% disponibilizavam o PPC, 44% relação nominal dos docentes, 18,6% ementas de disciplinas e 57,3% carga horário do curso. Apenas 5,2% das IES apresentavam proposta de EIP em seu PPC e 27,7%, disciplinas cuja nomenclatura sugeria a abordagem interprofissional. Pela análise das entrevistas com os coordenadores da IES selecionada emergiram 8 categorias agrupadas em três eixos temáticos: a) PPC com as categorias: origem da proposta de EIP e capacitação do corpo docente; b) Gestão na IES: educação permanente do corpo docente, avaliação do PPC e organização da matriz curricular e c) a EIP na IES: impacto na formação do aluno, o aluno no processo de ensino, o docente no processo de ensino e a educação interprofissional: teoria, prática; e preparo do aluno no término do curso. Conclusões: O conteúdo dos websites das IES não seguem as exigências do MEC. O termo \"interdisciplinar\" é utilizado para definir propostas distintas de ensino: integração curricular entre cursos e articulação do conteúdo teórico com a prática. Três IES apresentam a EIP no PPC. A otimização de recursos para manutenção dos cursos foi o objetivo da proposta inicial da IES; há deficiência na formação na educação permanente do corpo docente e no processo de avaliação da proposta de EIP; os conteúdos sobre o trabalho em equipe são desenvolvidos especialmente na prática; os alunos não compreendem a proposta do currículo integrado mas, apesar das dificuldades, os coordenadores veem de forma positiva a prática do currículo integrado, identificando ganhos no âmbito relacional a partir da convivência e sentimento de pertencimento a uma área comum, a saúde.