Avaliação da disponibilidade para educação interprofissional entre estudantes das escolas médicas de Mato Grosso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Prevedello, Alexandra Secreti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-11072023-143254/
Resumo: Introdução: A Educação Interprofissional (EIP) é reconhecida como estratégia para enfrentar os desafios do cuidado integral à saúde pois favorece o desenvolvimento de habilidades profissionais para a prática colaborativa e tem impactos positivos na assistência ao paciente, de acordo com o Sistema Único de Saúde. Objetivos: analisar a EIP nas escolas médicas de Mato Grosso (MT), sob a ótica das Diretrizes Curriculares vigentes para o curso de Medicina, nos cinco semestres finais da graduação. Tem como objetivos específicos 1) avaliar a disponibilidade para o aprendizado compartilhado de estudantes de Medicina das escolas médicas de MT; 2) identificar possíveis relações entre a disponibilidade para o aprendizado compartilhado dos estudantes de Medicina e variáveis sociodemográficas; 3) identificar a percepção dos coordenadores de curso de Medicina sobre o aprendizado interprofissional nos cursos de Medicina. Métodos: Estudo transversal misto, conduzido nos cursos de graduação em Medicina de MT. Foram convidados a participar 1.072 estudantes do 8 ao 12o semestre; 879 responderam à Readiness for Interprofessional Learning Scale (RIPLS) e questionário sociodemográfico. Para a análise dos dados utilizou-se a classe de Additive Models for Location Scale and Shape - GAMLSS e utilizado o R Core Team, 2020. Participaram também seis coordenadores dos cursos de medicina, os quais responderam uma entrevista semi-estruturada com perguntas sobre experiência e formação interprofissional e atividades interprofissionais nos cursos. Para análise das entrevistas utilizou-se a análise de conteúdo categorial temática. Resultados: A maioria dos itens da RIPLS apresentou score médio maior do que 4 (total de 5). Os alunos estão dispostos a trabalhar e colaborar em equipe, apesar de demonstrarem pouco interesse nas atividades em pequenos grupos com estudantes de outras profissões da saúde. Os estudantes valorizam sua Identidade Profissional e demonstram preocupação em promover o cuidado à saúde centrado no paciente. As variáveis gênero masculino, maior idade, curso prévio e estudar em universidade privada foram associados à menor disponibilidade para EIP, enquanto ter realizado trabalho em equipe no semestre final apresentaram maior disponibilidade para EIP. Os coordenadores percebem que a exposição aos espaços multiprofissionais durante o curso, projetos de extensão, disciplinas optativas e internato médico favorecem o trabalho em equipe e diminuição dos estereótipos associados a profissões da saúde. A EIP nas escolas médicas de MT ainda não é curricularizada, contudo existem espaços interprofissionais para proporcionar o seu desenvolvimento. Conclusão: O reconhecimento dos fatores que influenciam na disponibilidade dos estudantes para EIP e os desafios para a implementação permitem às escolas médicas estratégias para promover a EIP voltadas para esses grupos específicos e ações para superar os obstáculos para o seu efetivo desenvolvimento.