A capacidade do EVA® para predição de lucros futuros: um estudo empírico nas empresas de capital aberto do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Albuquerque, Andrei Aparecido de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-18042008-093003/
Resumo: Ao longo da última década, tem aumentado o reconhecimento de medidas de gerenciamento de valor. Dentre essas, uma que tem recebido grande atenção tanto no meio acadêmico quanto nas empresas em geral é o valor econômico agregado (EVA®). Muito se tem discutido sobre essa medida, sendo que seus defensores afirmam que ela é uma melhor medida de desempenho do que as medidas contábeis tradicionais. Nessa perspectiva, uma série de pesquisas tem sido realizada, verificando a relação entre o EVA® e o retorno de ações, onde os resultados alternam-se entre uma relação superior dessa medida e o retorno de ações em comparação com as medidas contábeis tradicionais e uma fraca relação ou a ausência de relação entre essas variáveis. Em diferente abordagem, Machuga, Pfeiffer Jr. e Verma (2002) realizaram um estudo no mercado norte americano para verificar a capacidade do EVA® na predição de lucros futuros. Replicando a metodologia desse estudo, esta pesquisa teve como objetivo verificar empiricamente se o EVA® fornece informação incremental para predição de lucros futuros das empresas de capital aberto do Brasil. Na metodologia, foram aplicados modelos de regressão linear múltipla no período de 1998 a 2006 para testar a proposição de que o EVA® fornece informação incrementalmente útil para predizer lucros de um ano adiante das empresas de capital aberto do Brasil. Foram aplicadas regressões anuais (crosssection) e verificou-se a significância estatística dos coeficientes médios. Com os resultados obtidos, não se pode comprovar a utilidade incremental do EVA® na predição de lucros futuros. Na seqüência, realizou-se um teste do valor incremental da inclusão da informação EVA® no modelo de predição, sendo que foram aplicadas novas regressões sem as variáveis EVA® e apurados os novos coeficientes médios; em seguida, foram efetuadas duas previsões de lucros, uma utilizando os valores médios com e outra sem o EVA® . Por meio da comparação desses valores previstos com os reais dos lucros e apurando suas respectivas diferenças, obteve-se os erros médios de previsão. Foi observado que os erros médios de previsão apresentaram-se elevados em função da alta dispersão das variáveis da pesquisa, também foi encontrado que os erros médios de previsão foram menores quando houve a inclusão da informação do EVA® , indicando a utilidade incremental dessa medida na predição de lucros futuros, entretanto esses resultados devem ser interpretados como indicativos e não como conclusivos, já que os coeficientes das variáveis, em sua maioria, não se demonstraram estatisticamente significantes.