Qualidade de lucros e estrutura de propriedade: a indústria de private equity no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sasso, Rafael de Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-14122012-165130/
Resumo: É marcante a relevância que assumiu a indústria de Private Equity ao longo da última década no Brasil. Este trabalho estuda a indústria brasileira de Private Equity por meio da analise da qualidade de lucros medida pelo reconhecimento oportuno de perdas (conservadorismo) e o endividamento das empresas investidas que fizeram uma IPO (Initial Public Offering) na bolsa brasileira no ano de 2007. A primeira hipótese conjectura que as empresas investidas por fundos de Private Equity no Brasil possuem mais qualidade de lucros em relação às não investidas, enquanto que a hipótese secundária estabelece que as empresas que obtiveram aporte de capital proveniente de fundos de Private Equity, no Brasil, são menos endividadas do que as que não obtiveram este tipo de aporte. Com base no trabalho de Ball e Shivakumar (2005) e utilizando-se das adaptações de Beuselinck et al. (2009) e Katz (2009), são utilizados modelos para testar o reconhecimento oportuno de perdas. Os resultados sugerem que, conforme os achados internacionais, as empresas investidas por fundos de Private Equity têm comportamento mais conservador, mas que se endividam menos do que as não investidas. O argumento da maior eficiência contratual dos credores com sua demanda por conservadorismo parece não ter relação com as sugestões de reconhecimento oportuno de perdas por parte das empresas financiadas por fundos de Private Equity, o que, por conseguinte, poderia sugerir que os Limited Partners (investidores desses fundos) e as preocupações reputacionais pelas quais as gestoras passam, direcionariam, realmente, uma demanda por uma qualidade de lucros maior indicando que esses seriam motivadores do reconhecimento oportuno de perdas, conservadorismo condicional buscando reduzir a probabilidade de comportamentos oportunistas de gestores e gestoras e de expropriação de credores, investidores.