Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Kosi, Eugénia Emília Sacala |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-20082024-103042/
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Resumo: |
Neste trabalho, analisamos o discurso da inclusão em documentos oficiais sobre línguas e o seu ensino e pretendemos compreender a sua influência no discurso das comunidades rurais de Angola (Sumba) e do Brasil (quilombos Ilha de São Vicente e Cafundó). O intuito é a análise da construção da ideia de inclusão nestes documentos e a forma como é tomada nos discursos dessas comunidades possibilitando a cristalização de imagens de língua e de cultura. Essas comunidades foram escolhidas, primeiramente, porque pertencem a uma formação ancestral negra, em dois países colonizados pelo mesmo país colonizador deixando marcas no discurso do mesmo modelo de organização social, cultural e linguístico. Segundo, são comunidades rurais com uma identidade muito particular, com suas culturas e línguas ou variedades, mas cuja orientação no âmbito do ensino da língua tem os subsídios de políticas oficiais não direcionadas às suas características. Isto remete a nossa hipótese inicial de que a submissão de todos os escolarizados a um contexto cultural e linguístico outro pode promover conflitos do sujeito com a sua própria cultura e língua. Para tanto o estudo analisa a ideia de inclusão presente nas políticas oficiais, que estão na base da constituição do nacionalismo e da ideia de unidade nacional por meio da língua usando uma abordagem analítica e interpretativa nas áreas da sociologia e história, recorrendo aos trabalhos de Luhmann (1998, 2006), Habermas (2007) e Parsons (1965); nos estudos discursivos de Orlandi (1992), Pêcheux (2014), e Barzotto (2007) para compreendermos não só as marcas discursivas de silenciamento das estratégias de inclusão nesses documentos difundidas por meio do ensino, mas também a posição da comunidade diante destes discursos. Neste contexto, o nosso trabalho conta, além da análise bibliográfica, com a dados coletados em documentos oficiais da era colonial e da atualidade sobre políticas de estado, ensino e línguas; nas comunidades locais, faremos um estudo (auto)etnográfico no qual contaremos com a experiência da autora na sua relação com as comunidades rurais e na coleta de documentos internos, vídeos de entrevistas, monografias e dissertações de populações rurais, assim como a análise de suas participações em eventos de streaming. |