Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Angelo, Melanie Campilongo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-22112016-131614/
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Resumo: |
Esta dissertação visa analisar o uso no português brasileiro, doravante PB, da pista prosódica de duração de sílabas na produção e percepção de sentenças ambíguas do tipo SN1-V-SN2-Atributo, tais como A mãe encontrou a filha suada. Tais sentenças apresentam contextos em que pode haver reestruturação de frases fonológicas a depender da interpretação escolhida. Um dos trabalhos que guiaram esta pesquisa foi o de MAGALHÃES & MAIA (2006), no qual os autores também observaram sentenças com ambiguidade devido à presença de um atributo que pode se referir ao sujeito ou ao objeto da oração. Fonologicamente, tais leituras podem ser explicadas pelo fato de o atributo poder ou não se juntar a seu núcleo na construção do domínio da frase fonológica, em que, se há fronteira, um alongamento é esperado (NESPOR & VOGEL, 1996). ANGELO & SANTOS (2012, 2015) concluíram que os falantes não realizaram alongamento significativo, porém, observaram uma tendência a produzir sentenças de aposição não local mais longas. O que se propõe, então, é que o alongamento é um fenômeno existente na língua, mas é opcional. Se isto é verdade, sempre que ele for feito, a sentença deve ser interpretada como não local. Caso contrário, haveria uma variação nas respostas perceptuais ou preferência por aposição local (Princípio da Aposição Local verificado por MAGALHÃES & MAIA (2006) no PB com base no Princípio de Late Closure apontado por FRAZIER (1979)). Dois testes foram realizados: No de produção, além dos 30 falantes de Angelo & Santos, mais 20 foram escolhidos e outros 10 recuperados para que lessem ambas as versões de cada uma das 9 sentenças em meio a histórias que guiavam a um ou outro significado, totalizando 720 dados. No de percepção, foram selecionadas as 3 versões mais longas (de aposição não local) e as 3 mais curtas (de aposição local) do teste de produção para cada sentença, em um teste onde 30 ouvintes selecionaram através de imagens qual a interpretação obtida, totalizando 1620 dados. Primeiramente, os resultados apontaram para diferenças significativas observando o tipo de estrutura (os falantes alongaram e acertaram as não locais). Por tipo de sentença, a diferença foi significativa na maioria delas, confirmando a predição de que, ainda que o alongamento seja opcional na produção, uma vez realizado, ele serve como condutor para uma interpretação não local. Para as sentenças locais, o Princípio de Aposição Local verificado no PB por MAGALHÃES & MAIA (2006) também foi observado em nosso experimento. Por fim, os resultados apontam para 2 tipos de estruturas que podem interferir no processo de alongamento: Sentenças em que o atributo é formado por adjetivos deverbais (geração de uma fronteira CP) e sentenças que permitem construções de small clause (bloqueio da reestruturação). |