Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nery, Vinícius Warisaia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-14102021-093349/
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Resumo: |
Estudos envolvendo escolha com animais não-humanos frequentemente usam diferentes fontes de alimento como consequência reforçadora. A seleção preferencial de uma, dentre uma variedade de alternativas, pode ser controlada por consequências diretas da alternativa escolhida, como a quantidade de alimento disponibilizado e a probabilidade em que este estará disponível, como também por variáveis restritas ao próprio organismo, como o nível de privação alimentar e o sexo. A quantidade energética de um alimento tem se mostrado uma variável que pode também interferir no padrão comportamental de animais submetidos a uma tarefa de escolha. Os dois estudos apresentados nessa tese tiveram como objetivo verificar: a) se ratos Wistar (Rattus norvegicus), fêmeas e machos, discriminariam três tipos dietas que diferiam entre si apenas pela quantidade energética (Estudo 1); b) se o nível de privação de ratos de ambos os sexos afetaria o seu desempenho em uma tarefa de escolha, na qual a dieta mais energética era disponibilizado de forma probabilística (Estudo 2). No Estudo 1, 12 animais, (seis fêmeas e seis machos) foram mantidos em privação à 80% do seu peso ad libitum e foram expostos a uma tarefa de escolha em um labirinto em Y. Em cada alternativa era disponibilizada a mesma quantidade de ração, com diferentes quantidades energéticas. As dietas (três) foram testadas aos pares. Todos os animais, independentemente do sexo, estabeleceram preferência pela dieta mais energética em todas as combinações testadas. No Estudo 2, 24 ratos de ambos os sexos foram divididos em dois grupos, com número igual de sujeitos. Um grupo foi mantido à 80% do peso ad lib. (Grupo 80) e o outro à 70% (Grupo 70). Os animais foram expostos a uma tarefa de escolha, na qual a alternativa mais energética era oferecida em probabilidade decrescente até que a escolha entre as alternativas atingisse o nível de indiferença (entre 40 e 60% de escolhas em uma das alternativas em três sessões consecutivas). Apesar de ponto de indiferença não ter diferido significativamente entre os grupos, o nível de privação dos animais interferiu no seu padrão de exploração das alternativas, gerando estratégias menos eficazes nos animais do Grupo 70. Esse grupo consumiu menos calorias do que seria possível nas contingências programadas, em comparação ao Grupo 80. Não foram encontradas diferenças relacionadas ao sexo. Esse resultado fortalece a literatura sobre os efeitos da privação sobre o comportamento de escolha e apresenta uma inovação ao manipular a quantidade energética entre as alternativas apresentadas. |