Utilização de células tronco da medula óssea de fetos caninos em cães adultos com lesão medular crônica toracolombar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sarmento, Carlos Alberto Palmeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dog
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-28062013-120433/
Resumo: As lesões medulares acometem anualmente milhares de pessoas e animais em todo o mundo, causando diversos prejuízos econômicos e psicológicos. As principais causas das lesões medulares são traumas automobilísticos e doenças do disco intervertebral. Muito embora a medicina esteja bastante avançada no campo da neurocirurgia, a cura para esse tipo de lesão ainda esta longe de ser obtida. O avanço das pesquisas no campo da terapia celular em lesões medulares surge como uma esperança para os pacientes crônicos. Neste trabalho buscamos avaliar a reposta do tratamento com células-tronco de medula óssea fetal canina em cães com lesão medular crônica toracolombar. Nosso trabalho se baseia em parâmetros clínicos, comportamentais, de imagem e fisioterápicos. Antes de adentrar no experimento, todos os cães foram submetidos a vários exames pré-operatórios (hemograma, exames bioquímicos, eletrocardiograma) para então serem encaminhados para o exame de ressonância nuclear magnética visando um diagnostico mais preciso da lesão. Após esse exame, os cães foram avaliados por fisioterapeutas veterinários que não pertenciam ao nosso grupo de pesquisa para se estabelecer uma pontuação no teste comportamental de Olby. Os animais também tiveram alguns outros reflexos testados (dor profunda, reflexo de panículo). Após a primeira avaliação, os animais foram submetidos à procedimento cirúrgico de descompressão da medula espinhal e aplicação de células-tronco da medula óssea fetal canina. Durante o procedimento foram injetados 1x106 células diretamente em 3 pontos distintos da medula espinhal. Após o procedimento os cães foram encaminhados para a fisioterapia, e por 3 meses, foram submetidos a diversos exercícios de reabilitação com o intuito de potencializar um possível efeito benéfico da terapia celular. Durante a fisioterapia, os animais foram filmados com o intuito de acompanhar a sua evolução, e após o termino da fisioterapia foram novamente avaliados pelos fisioterapeutas. Ao final do experimento 7 animais foram operados e os resultados obtidos demonstraram um aumento do reflexo de marcha em 6 deles. O único animal que não apresentou essa melhora da marcha foi aquele acometido por outra patologia associada à compressão medular. Esses resultados nos levam a sugerir uma ação benéfica da terapia celular em cães portadores de lesão medular crônica. Por outro lado sugere continuar recrutando animais com o objetivo de aprimorar as técnicas utilizadas, para conseguir resultados cada vez melhores.