Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Fujisaka, Daniel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-02122019-154504/
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Resumo: |
É intuito esclarecer o modo como o filósofo de Hipona, em seus Solilóquios, ao retomar os argumentos céticos contra o dogmatismo corporal, avança decisivamente em tomada de consciência tanto de suas possibilidades de se fazer as necessárias distinções entre imagens verdadeiras e falsas quanto dos limites da alma inteligível enquanto via imediata do conhecimento de Verdade (identidade entre intelecto e Deus). Como se fez no Contra os Acadêmicos, o ceticismo é de certa maneira retomado, mas com a finalidade demasiado precisa de combater o dogmatismo corporalista, cujo conceito de verdade se valia da definição estoica: a representação (uisum) pode ser compreendida [como verdadeira] quando aparece de tal modo que não pode aparecer como falsa (C. Acad. III, 9, 21). Ora, o acadêmico também consentirá com tal definição, contudo apontando para a impossibilidade de que exista tal representação absolutamente segura de certeza de verdade, e, portanto, indigna de assentimento (C. Acad. III, 11, 24-26). O ceticismo agostiniano, no entanto, não se vale da definição para interditar o pensamento sobre o acesso à verdade, visto que esta estará pressuposta como presença que antecede a própria razão e, fundamentalmente, como princípio de possibilidade do pensamento investigativo. Assim, a verdade, sempre lá copresente ao pensamento, permanece, como enigma intransponível pela razão, uma vez que, ao esforço do pensamento de coligir as verdades eternas com as representações sensíveis, não se pode esperar outra coisa senão certa frustração do desejo dogmático de assentir com segurança ao verdadeiro. Tal limitação, ao invés de interromper o fluxo filosófico, enseja ainda mais o procedimento de conhecimento da verdade pelo intelecto. As complexas conexões entre as vias sensitivas e intelectivas são, assim, caminhos menos seguros de conhecimentos verdadeiros do que ocasião e oportunidade para a investigação dos modos de como a alma intelectiva faz a distinção entre representações corporais (fantasiae) falsas em semelhança e dissemelhanca ao referente de verdade. O procedimento agostiniano será a introspecção de si por análise do mundo corporal que, uma vez interiorizado na alma, pode ou ser fator de instrução, por identificação da falsidade, ou de engano quando se toma o falso por verdadeiro. |