O exílio em ficção. Uma leitura de Libro de navíos y borrascas, de Daniel Moyano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Locoselli, Larissa Fostinone
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-12122012-115109/
Resumo: Esta dissertação propõe uma leitura crítica do romance Libro de navíos y borrascas, do escritor argentino Daniel Moyano, publicado em 1983. Tal leitura se constrói a partir do desenvolvimento de perspectivas de análise que levam em conta, por um lado, o caráter alegórico da narrativa e, por outro, a singularidade da enunciação de seu narrador, sendo a experiência do exílio o eixo articulador de nossa abordagem crítica. A teoria de Walter Benjamin sobre alegoria e narração e as relações entre enunciação e subjetividade, pensadas a partir das reflexões de Benveniste, Ricardo Piglia e Giorgio Agamben, nos fornecem alguns dos embasamentos teóricos mais fundamentais no traçado de uma reflexão acerca de como a relação entre linguagem e experiência configura a narrativa de Libro de navíos y borrascas como uma ficção do exílio. Na tentativa de contribuir para a consolidação de uma fortuna crítica da obra de Daniel Moyano, um autor pouco estudado tanto na Argentina como no Brasil, nosso estudo parte de fatores estéticos e históricos que dizem respeito ao contexto de produção do romance, bem como a determinadas concepções de seu autor acerca da escrita literária e às perspectivas críticas que se dedicaram à ficção argentina dos anos 1980, produzida sob o último regime militar vivido por aquele país.