Suportes e técnicas do conhecimento: a importância da produção do papel na apresentação cartográfica do mundo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Nogueira, Magali Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-07122009-152217/
Resumo: A historiografia considera os séculos XII ao XV como um momento de transição em que uma nova ordem é estabelecida. Inicia-se um processo de expansão de conhecimento sobre o Planeta Terra que permitirá ao Homem avançar na representação de sua forma através de novas técnicas de navegações, confirmando antigas teorias a respeito da forma do meio em que vive. Esse trabalho desenvolve uma pesquisa no sentido de identificar os suportes utilizados pelos humanos neste longo processo em que, ao mesmo tempo, conhecem o outro, a Natureza e se conhecem, construindo uma identidade. Mostramos a transmissão dos elementos necessários as navegações, como bússolas, astrolábios e quadrantes, que vieram do oriente junto com as técnicas de produção do papel verdadeiro. Esses instrumentos e essas técnicas, já utilizados na China, entram na Europa através do processo de expansão islâmica, junto com manuscritos de antigos gregos como Ptolomeu e Euclides, estabelecendo um momento de síntese, expresso, entre outros meios, através das representações cartográficas conhecidas como PORTULANOS, utilizados em Sagres para a navegação em alto mar. Procuramos estabelecer relações entre os produtores do conhecimento científico que possibilitou o passo Navegações e os produtores do suporte deste conhecimento, neste momento o papel, com características de produção necessárias para suprir as necessidades de um mundo em expansão, favorecendo o processo de globalização iniciado no século XV.