Comunidade e memória em um município sulmineiro: subjetividade e resistência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Penha, Lúcio Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-20072017-162110/
Resumo: Em uma cidade sulmineira, esta dissertação teve o objetivo de descrever memórias e relatos de desrespeitos à dignidade humana e identificar sua possível relação com a resistência à dominação. Procuramos levantar informações sobre a história da cidade, por meio de fontes escritas e, principalmente, orais. Realizaram-se entrevistas com três indivíduos, com idades entre 78 e 80 anos, utilizando-se os procedimentos de história de vida e perguntas exploratórias. Surgiram lembranças ambientadas das décadas de 1940 a 1970. As memórias dos entrevistados evocaram o período de êxito econômico com atividades turísticas que envolviam a exploração de jogos de azar e o uso de águas medicinais, detalhando as relações entre turistas metropolitanos e nativos da cidade. Relembrou-se um evento poliesportivo denominado de Jogos Abertos, incluindo detalhes sobre seus bastidores, que obteve repercussão nacional até ser proibido logo após o golpe civil-militar de 1964; tentativas de reimplantá-lo e sua substituição por outro tipo de evento. O autoritarismo se manifestou através de iniciativas governamentais autocráticas que afetaram diretamente a economia local. As narrativas sobre desrespeito à dignidade humana envolveram preconceito motivado por classe social, violações dos direitos humanos e desemprego. As principais formas de resistência relatadas foram: (1) uso do esporte como incentivo à educação e exercício da cidadania, (2) envolvimento de funcionários públicos e políticos locais com a militância de esquerda e (3) ações coletivas com o objetivo de manter novas formas de atividades turísticas, para substituir as anteriormente proibidas