Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Poço, Paula Cristina Eiras |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-25082023-165144/
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Resumo: |
Introdução: a tolerância à incerteza tem sido considerada um fenômeno ligado ao desenvolvimento de competências para médicos do século XXI. Entretanto, há pouca compreensão sobre como ela é desenvolvida ao longo da formação. A metacognição, que pode ser entendida como reguladora da cognição, pode ser um fator relacionado ao desenvolvimento da tolerância à incerteza. Objetivo: analisar o perfil de tolerância à incerteza e sua relação com a metacognição em estudantes de Medicina. Métodos: foi realizada adaptação transcultural e validação da escala Tolerance of Ambiguity in Medical Students and Doctors (TAMSAD). Estudantes do primeiro ao sexto ano foram convidados para um corte transversal com dois questionários de tolerância à incerteza (TAMSAD e Physicians Reaction to Uncertainty PRU) e com o Inventário de Consciência Metacognitiva. Resultados: foram obtidas 695 respostas (equivalente a 66,06% dos convidados). A escala TAMSAD foi adaptada transculturalmente e explorada em sua estrutura interna segundo fontes de incerteza. A versão brasileira que melhor reuniu evidências de validade tem 17 itens (TAMSAD-17) e quatro dimensões: Ambiguidade, Complexidade, Probabilidade e Novo. A confiabilidade dessa versão na nossa amostra foi de 0,772 (alfa de Cronbach). PRU apresentou moderada e negativa correlação com TAMSAD. A tolerância à incerteza teve diferença significativa entre os participantes segundo idade (p<0,01), ciclo da graduação (p<0,05), participação anterior em iniciação científica (p<0,001) e a experiência de ter acompanhado alguém próximo com grave problema de saúde (p<0,01). Todas as diferenças encontradas tiveram pequeno tamanho de efeito (0,1 < r < 0,2). A metacognição se correlacionou com a tolerância à incerteza de maneira fraca (rô=0,184; p<0,001). Na análise multivariada permaneceram significativos para predizer a tolerância à incerteza o nível de conhecimento metacognitivo (beta=0,166; t=3,839; p<0,001) e já ter participado de iniciação científica (beta=0,141; t=3,707; p<0,001). Conclusões: a pesquisa permitiu concluir que o instrumento TAMSAD pode ser organizado de maneira multidimensional conforme as fontes de incerteza e acumulou suficientes evidências de validade para utilização da escala TAMSAD-17 na população de estudantes de Medicina no Brasil. Com relação aos moderadores da tolerância à incerteza em estudantes de Medicina, foi encontrada associação positiva com a consciência metacognitiva e com a experiência acadêmica de ter feito iniciação científica |