Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Mamede, Fernando Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74134/tde-23022018-115237/
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Resumo: |
O manejo pré-abate representa grande desafio para os abatedouros frigoríficos de suínos, por esta ser uma espécie muito susceptível ao estresse. Embora o atendimento às legislações e diretrizes de bem-estar animal já sejam a realidade em grandes abatedouros frigoríficos, pouco ainda é aplicado em estabelecimentos menores, tais como os inspecionados pelos serviços de inspeção municipal e estadual. As adequações das pocilgas e equipamentos de contenção e insensibilização podem agregar valor aos produtos derivados de pequenos estabelecimentos, muitas vezes ocorre grande perda da matéria-prima ocasionada por estruturas e manejo inadequado, levando a estresse dos animais e perdas por contusões na musculatura. O objetivo do presente estudo foi avaliar as estruturas e operações do manejo pré-abate de suínos em um abatedouro e propor alterações para melhor eficiência destas operações, visando consequente melhoria do bem-estar animal. Para tanto, o presente trabalho foi dividido em três etapas, como segue: Etapa 1) Avaliou-se a eficiência da insensibilização de 509 suínos nas condições regulares do abatedouro (primeira fase) e após a realização de um treinamento dos funcionários e a substituição do equipamento de insensibilização (segunda fase). A eficiência da insensibilização foi verificada por meio dos sinais de respiração rítmica, movimentos oculares, pedaleio, endireitamento da cabeça e tentativa de recuperar a postura, vocalização e se o animal voltou a andar. O estudo revelou que apenas 28,28% dos suínos estavam adequadamente insensibilizados na primeira fase. Já na segunda fase, verificou-se uma importante melhoria, sendo que 82,55% estavam insensibilizados adequadamente. Etapa 2) Nas análises das instalações das pocilgas de recepção e espera existentes atualmente, verificou-se diversas inconformidades em relação à legislação vigente e às recomendações de bem-estar no manejo pré-abate de suínos. Foi proposta melhorias a serem realizadas visando melhorar o bem-estar animal e qualidade da carne, por meio do desenvolvimento do projeto das novas instalações para o desembarque, corredor de acesso, pocilgas de espera e matança dos suínos, incluindo o levantamento do valor para estas reformas, orçadas em R$ 128.480,27. Etapa 3) As estruturas da área de insensibilização e sangria também foram avaliadas e verificou-se diversas deficiências, tanto ergonômicas para os funcionários como para o bem-estar animal. Também neste caso foi proposto um projeto de melhorias para este setor, incluindo a instalação de um box de contenção e insensibilização e mesa de sangria, visando maior rapidez no processo, o que reduziria ainda mais os problemas de insensibilização inadequada verificados na Etapa 1. Conclui-se que simples treinamentos de funcionários e ajustes de equipamentos são importantes para melhorar o bem-estar no abate de suínos, e maiores investimentos precisam ser realizados nas estruturas de recepção e abate dos suínos para garantir o bem-estar animal adequado em todas as operações do manejo pré-abate do abatedouro estudado. |