Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Bettinardi, Mariana Luzia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-29052014-172544/
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Resumo: |
A água é um bem necessário a toda a humanidade, à agricultura e às indústrias. É o bem mais escasso atualmente e será muito mais nos próximos anos. A proteção dos recursos hídricos para garantia do bem-estar da humanidade torna-se essencial e com isto a restauração florestal de nascentes e áreas ciliares é alvo de projetos em todo o mundo. As áreas hidrologicamente sensíveis (AHS) dentro da bacia hidrográfica são as porções mais importantes neste contexto, no entanto, devido à saturação hídrica do solo ocasionada pela dinâmica do lençol freático, a sua recuperação é dificultada desestimulando pesquisas e ações de restauração. Diante desta lacuna, este estudo teve o objetivo de buscar estratégias para a restauração florestal de AHS. Para isso foi testado em viveiro a tolerância a diferentes níveis de saturação hídrica de 15 espécies típicas de ambientes alagados e uma espécie não típica como controle. As espécies foram avaliadas quanto ao crescimento em altura, diâmetro à altura do solo, sobrevivência, desenvolvimento de respostas morfológicas e possível associação destas com as taxas de crescimento. Foi feita uma análise de agrupamento que classificou e agrupou as espécies de acordo com cinco níveis de tolerância ao alagamento, identificando que para a maioria das espécies quanto maior o nível de saturação hídrica menor é a tolerância a este estresse. A análise de variância e o teste de Tukey identificaram quais espécies apresentaram características morfológicas (hipertrofia de lenticelas e raízes adventícias) e os indicadores morfológicos foram comparados nos grupos constituídos da análise de agrupamento que revelou que estas respostas estão associadas à adaptação quanto ao crescimento e sobrevivência das espécies. Dois experimentos em campo também foram realizados visando testar métodos de preparo de solo que mais favorecessem o estabelecimento e o crescimento inicial das espécies. Foi feita uma análise de variância e teste de Tukey para testar se o método de preparo de solo tem efeito sobre o crescimento em altura e diâmetro e o tempo de sobrevivência para as espécies e uma análise de agrupamento para definir grupos de espécies com características funcionais que favoreçam os projetos de restauração. Verificou-se que os métodos de preparo de solo não foram determinantes para o estabelecimento e desenvolvimento das espécies típicas de AHS em pequenas escalas e que a escolha das espécies mais tolerantes à saturação hídrica em diferentes níveis é o fator mais importante na restauração desses ambientes. Desta forma, em projetos de restauração de florestas brejosas, a seleção de espécies adaptadas a estas condições é mais importante do que os métodos de preparo do solo, e futuros estudos deveriam focar em identificar grupos funcionais de espécies que possam ser usadas nestes projetos. |