Efeitos da administração oral de glucosamina e condroitim sulfato associados ao ácido hialurônico em cavalos com osteoartrite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Coelho, Joyce Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-05082009-111327/
Resumo: A osteoartrite é a causa mais comum de claudicação em cavalos e, frequentemente está associada com a queda de desempenho e abandono precoce das atividades esportivas. Numerosos estudos têm investigado o potencial da função dos condroprotetores na desaceleração do processo degenerativo e no reparo da cartilagem articular. A finalidade deste estudo foi investigar o efeito da administração oral de glucosamina, condroitim sulfato e ácido hialurônico associados sobre a evolução clínica, radiológica, e glicosaminoglicanos (GAGs) da urina, do líquido sinovial e sérico de cavalos acometidos por osteoartrite. Foram utilizados seis equinos, com idades entre seis e doze anos, machos ou fêmeas, submetidos ao mesmo manejo nutricional. Estes animais receberam doses diárias de condroitim sulfato (CS) (2,8 g), ácido hialurônico (AH) (0,1g), glucosamina (3,1 g), via oral, por 25 dias. Exames clínicos e radiográficos foram realizados anteriormente e após o tratamento. Amostras de urina, líquido sinovial, e sangue foram coletados antes da primeira administração do suplemento; a cada 5 dias durante o tratamento e a cada 7 dias após o tratamento, durante 55 dias. Os glicosaminoglicanos urinários foram identificados por eletroforese em gel de agarose após cromatografia de troca iônica e quantificados por densitometria. A determinação de AH sérico foi realizada por ELISA. Após proteólise do líquido sinovial o CS e a AH foram igualmente identificados por eletroforese e quantificados por densitometria. No início do experimento, as concentrações médias urinárias de CS, DS, HS e GAGs totais (2,96 mg/l, 0,66 mg/l, 0,42 mg/l, 4,05 mg/l respectivamente) foram inferiores as médias urinárias, logo após o tratamento (5,38 mg/l, 1,30 mg/l, 0,96 mg/l, 7,64 mg/l respectivamente) (p<0,05) e similares após 30 dias (4,24 mg/l, 1,09 mg/l, 0,36 mg/l, 5,69 mg/l). A concentração sérica de AH aumentou após o tratamento e ao final do experimento em relação do início dos mesmos (10,61 ng/ml, 12,58 ng/ml, 21,08 ng/ml respectivamente) (p<0,05). O CS do líquido sinovial apresentou comportamento similar ao CS urinário (início: 76,13 µg/ml, final do tratamento: 93,05 µg/ml, final do experimento: 61,61µg/ml). Já o AH no líquido sinovial não sofreu alterações significativas (início: 440,07 µg/ml, final do tratamento: 351,15 µg/ml, final do experimento: 375,99 µg/ml) apesar da tendência a diminuição. Concluiu-se que a administração oral de glucosamina, CS e AH associados apresenta uma tendência ao aumento dos GAGs urinários e do CS do líquido sinovial imediatamente após o tratamento, com diminuição até 30 dias; aumento sérico do AH e manutenção da concentração de AH no líquido sinovial, com tendência a diminuição.