Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Juliana Junqueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-10122019-091349/
|
Resumo: |
A alta demanda do sistema musculoesquelético dos equinos é importante fator de risco no surgimento da claudicação, uma vez que as articulações estão sujeitas as forças compressivas e de cisalhamento. Visto que a cartilagem é um tecido aneural, a dor só é desencadeada quando a enfermidade atinge a membrana sinovial ou o osso subcondral, tornando a gravidade das artropatias substancial antes da manifestação clínica. Assim, há a necessidade de diagnósticos preventivos e não apenas comprobatórios da extensão da lesão. Neste contexto, os biomarcadores do liquido sinovial (LS) auxiliam no reconhecimento precoce do processo de quebra de homeostasia articular. O desenvolvimento de diagnósticos moleculares específicos e biomarcadores preditivos como modelos para personalizar a medicina ortopédica equina têm ganhado ênfase; o objetivo é o desenvolvimento de diagnósticos não invasivos, com boa repetibilidade e fácil reprodução e com alta especificidade e sensibilidade, mesmo nos estágios mais iniciais das doenças articulares. O objetivo deste estudo foi caracterizar o comportamento dos principais biomarcadores do LS nas diferentes enfermidades articulares equinas. O LS de 166 articulações doentes foi coletado de 117 animais diagnosticados com fratura intra-articular, osteoartrite leve (OA1), moderada (OA2), severa (OA3) ou osteocondrose (OC). Como controle, foram coletadas 51 articulações metacarpofalangeanas e tibiotarsicas de 16 equinos hígidos sem doença articular. Imediatamente após a coleta foi realizada a contagem de células nucleadas, e o sobrenadante resultante da centrifugação do LS foi congelado a -80°C para quantificação da interleucina 1 (IL-1β), interleucina 6 (IL-6), fator de necrose tumoral (TNFα), interleucina 10 (IL-10), prostaglandina E2 (PGE2), queratam sulfato (KS), ácido hialurônico (AH) e condroitim sulfato (CS), além da determinação do peso molecular do AH. Altas concentrações de IL-1β ocorreram nos grupos OA1, OA2 e OC. As concentrações de TNFα foram maiores nos grupos Fraturas e OA. Tanto o grupo Fraturas quanto o grupo OA3 tiveram alta concentração de PGE2. O grupo controle teve concentração de KS superior aos grupos Fraturas, OA1 e OA3. A porcentagem de AH de alto peso molecular foi menor no grupo OA3. Pode-se concluir que baixa concentração de KS e quebra da molécula de AH ocorrem em doenças com comprometimento cartilagíneo. |