Aplicação da microtomografia computadorizada para a análise morfométrica bi e tridimensional na avaliação da perda óssea experimental em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Fernandes, Patricia Garani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-15072014-165529/
Resumo: Introdução: A histomorfometria do osso é um dos métodos padronizados que pode ser utilizado para quantificar a microestrutura do osso trabecular. Existem muitos meios de acesso para conseguir a visualização dos defeitos ósseos no caso de um acometimento de doença periodontal, por exemplo. A extensão e morfologia da perda óssea alveolar podem ser acessadas e examinadas após confecção de retalhos mucoperiosteais em cirurgias periodontais ou através de exames radiográficos. A partir de então, a tecnologia da micro- CT tornou-se padrão ouro para avaliação da arquitetura 3D do osso trabecular; exibindo como uma de suas principais vantagens sua habilidade em proporcionar resultados quantitativos com pouco ou nenhum preparo da amostra e sem a sua destruição. Metodologia: Foram utilizados 40 ratos machos: ratos normotensos (WK) e espontaneamente hipertensos (SHR) foram divididos em grupos com doença periodontal induzida por ligaduras (DP), e grupos controle, em que a DP não foi induzida (C). Cada um desses quatro grupos foram divididos em 2 subgrupos, de acordo com o período de eutanásia, que foi realizada no 10° e no 21° dia do experimento, desse modo cada grupo teve um n=5. Os animais do grupo DP receberam ligadura com fio de algodão ao redor do primeiro molar inferior. Após a eutanásia todas as hemimandíbulas dos animais tiveram seu tecido mole removido através de processos químico e biológico a fim de proporcionar uma peça histológica preparada adequadamente para ser escaneada no microtomógrafo. Para realização da análise microtomográfica foi utilizado um aparelho modelo 1172 da fabricante SkyScan®. As amostras foram verificadas nos três planos espaciais através dos softwares CTAN®, DATA VIEWER® e CTVOX® que também foram utilizados para a visualização tridimensional, análise qualitativa e quantitativa da anatomia externa e interna do osso alveolar. Resultados: Os resultados das medidas lineares foram aqueles extraídos de uma imagem bidimensional de uma fatia única escolhida por ser a mais representativa para detectar a perda óssea alveolar. Para a quantificação dos parâmetros volumétricos foi realizada a avaliação em dois pontos distintos: a área da região de furca do M1 mandibular e a área da região interproximal entre M1 e M2 da mandíbula. De todos os parâmetros avaliados e analisados os mais representativos para detectar a perda óssea alveolar neste modelo de estudo foram: Furca e JCE-COV (junção cemento-esmalte crista óssea vestibular) em 2D (medidas lineares) e a relação entre a superfície óssea e o volume ósseo; relação entre o volume ósseo e o volume total; porosidade e densidade mineral óssea nos parâmetros em 3D (medidas volumétricas). Conclusão: A metodologia empregada mostrou ser eficiente para a caracterização da perda óssea alveolar nos grupos controle e doença periodontal. A região escolhida e o método de análise tem influência no resultado. Assim medidas lineares e medidas volumétricas de uma mesma amostra podem apresentar porcentagens diferentes em relação à perda óssea.