Influência da obesidade na progressão da doença periodontal experimental induzida em ratos: análise histológica, microtomográfica e proteômica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lopes, Maria Eduarda Scordamaia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213827
Resumo: Estudos têm sido conduzidos para se entender melhor os mecanismos moleculares de progressão da doença periodontal nos diferentes tecidos periodontais. Porém, a literatura ainda é escassa sobre a influência da obesidade nesses mecanismos. O objetivo do presente estudo foi avaliar in vivo o efeito da obesidade na progressão da doença periodontal. Um total de 16 ratos foram distribuídos em 2 grupos experimentais: grupo indução de doença periodontal experimental (P) e indução de obesidade seguido de indução de doença periodontal experimental (OP). A indução de obesidade foi realizada com dieta rica em gordura por 90 dias. A massa corporal dos animais foi registrada semanalmente. Após 21 dias do início da indução da doença periodontal os animais foram sacrificados e os tecidos adiposos foram removidos e pesados em balança de precisão. Análise sorológica foi realizada para observar o perfil lipídico e os níveis de glicemia. Análise microtomográfica foi realizada nas hemimaxilas para medir o percentual de volume ósseo alveolar (BVF), densidade óssea alveolar (BMD) e análise linear de perda óssea. A perda óssea alveolar foi mensurada histologicamente por histometria. A proporção dos componentes teciduais foi determinada histologicamente por estereometria. A composição proteica do ligamento periodontal foi avaliada através de análise proteômica. A partir desta análise, foram selecionadas 3 proteínas com diferenças significantes entre os grupos, e que apresentam função relevante para o processo inflamatório, para validação de sua presença no ligamento periodontal por meio de imuno-histoquímica. Foi utilizado teste estatístico t-student e adotado um nível de significância de 5%. Houve aumento significativo da massa corporal e peso dos tecidos adiposos nos animais do grupo OP. Os grupos não apresentaram diferença estatística nas análises de perda óssea. Na análise proteômica, um total de 819 proteínas foram identificadas. Na condição clínica de doença periodontal associada a obesidade, as proteínas Spondina 1, Vinculina e TRAP apresentaram-se em maior abundância e foram selecionadas por sua relevância clínica. Concluímos que embora a obesidade não tenha favorecido a progressão da doença periodontal no parâmetro de perda óssea, a caracterização proteica do ligamento periodontal em condições de doença periodontal, associado ou não à obesidade, pode ser um método auxiliar de estudo para a identificação de novos biomarcadores associados a doenças, demonstrando alterações moleculares e favorecendo estudos para alvos terapêuticos para a doença periodontal.