Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Lapa, Daniela Wey Camilo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-29052008-143531/
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Resumo: |
Comunidades que vivem em regiões sem energia elétrica apresentam suas atividades sincronizadas pelo ciclo dia/noite e por compromissos sociais podendo haver uma diferença sazonal no comportamento. No ambiente urbano a energia elétrica cria a possibilidade de nos organizarmos temporalmente de acordo com os nossos interesses. Este comportamento tem sido apontado como uma das causas para a ausência de sazonalidade nos ritmos biológicos humanos. Este estudo fenomenológico naturalístico em índios Guarani que viviam em casas sem energia elétrica nos permitiu refletir sobre a presença de sazonalidade nos ritmos biológicos. O ritmo de temperatura do punho em 21 índios e o ciclo de atividade/repouso em 16 índios foram comparados entre o inverno e verão. O perfil temporal da temperatura não se alterou nas duas épocas, mas houve diferença nos valores de amplitude e MESOR que pode ser explicada pela variação sazonal do padrão de dissipação de calor através da pele. Não houve diferença entre o inverno e verão para os valores de acrofase, e os índios mais novos apresentaram horários de acrofase da temperatura mais tardios que os índios mais velhos. Do inverno para o verão observamos um atraso nos horários de repouso sem alteração significativa na duração. Não verificamos diferença nos horários e na duração do repouso entre os dias de semana e fins de semana. O padrão de atividade/repouso não apresentou relação com a duração/alocação da noite no inverno e verão e houve uma correlação negativa com os valores de temperatura do punho. Os índios adultos da Aldeia Boa Vista apresentam ritmos biológicos com características típicas de uma comunidade de transição. As atividades na aldeia são sincronizadas pelas diferentes relações sociais que se estabelecem em cada época do ano. |