Colonialismo, território e territorialidade: a luta pela terra dos Guarani e Kaiowa em Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cavalcante, Thiago Leandro Vieira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106620
Resumo: Os Guarani e os Kaiowa são grupos indígenas que tradicionalmente habitam a região sul do estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Sua presença na região é anterior à chegada da colonização ibérica no continente (século XVI). Embora tenham tido contato com missionários jesuítas no século XVII, a pressão colonialista se intensificou sobre eles a partir do final do século XIX. Esta tese analisa, sob uma ótica histórica de longa duração, as continuidades e as rupturas observadas em sua territorialidade desde o século XVI até os dias atuais. Além disso, o foco da pesquisa se direciona para o histórico de esbulho territorial enfrentado pelos Guarani e Kaiowa após o término da guerra entre a Tríplice Aliança e Paraguai (1864-1870), bem como à luta destes indígenas para reaver parte de seu território tradicional. A atitude conservadora do Estado brasileiro permite defender a tese de que este é um Estado colonialista, articulado em torno de ideais de discriminação racial, para a negação dos direitos dos grupos indígenas. Nesse contexto, os Guarani e Kaiowa também são prejudicados pelas dificuldades encontradas no acesso à cidadania e pelos altos índices de violência. A análise contempla as histórias singulares de luta pela terra das comunidades das terras indígenas Panambi - Lagoa Rica e Panambizinho. O texto aborda os limites da metodologia adotada pelo governo brasileiro nas demarcações de terras indígenas realizadas entre 1983 e 2007. Por fim, discute-se a assinatura pela Fundação Nacional do Índio de um Compromisso de Ajustamento de Conduta junto ao Ministério Público Federal, no final de 2007, por meio do qual o órgão indigenista se comprometeu a identificar e delimitar as terras indígenas guarani e kaiowa que se encontravam sem nenhuma providência nesse sentido...