Construção de instrumento de percepção de expressão facial e comportamentos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Teixeira, Monica Gonçalves de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-16052018-190043/
Resumo: A experiência sexual humana teve momentos distintos em seu desenvolvimento biopsicossocial e histórico, tendo sido submetida a normativas sociais, favorecendo evolutivamente a vida comunitária e social. O comportamento de corte tem um componente biológico/evolutivo e os comportamentos não verbais são os de maior importância num primeiro momento dessa aproximação para seleção sexual. Objetivamos construir um instrumento clínico de faces, identificando imagens de face masculina e feminina, com expressões percebidas como sexualmente receptivas, de modo a contribuir com o conhecimento na área e fornecer subsídio para o trabalho clínico com queixas relacionadas a funções cognitivas e sexualidade. Iniciamos com 107 fotografias realizadas de um modelo do sexo masculino e uma modelo do sexo feminino. Para testar Validade de Conteúdo, utilizamos da avaliação de um grupo de 12 juízes (psicólogos clínicos; heterossexuais; 06 homens e 06 mulheres), que apresentaram concordância de justa a moderada segundo Índice do Coeficiente Kappa de Cohen, uma medida de concordância, quanto à receptividade sexual nas imagens. Em pré-teste com 67 voluntários (26 homens e 41 mulheres; heterossexuais; 20 a 52 anos, M=26,01; ± DP 8,29), universitários da cidade de São Paulo, encontramos 17 imagens femininas e 16 imagens masculinas, indicadas como receptivas sexualmente, por frequência maior que 70% de concordância em escala de 7 pontos que vão de Discordo Totalmente a Concordo Totalmente. As demais imagens foram avaliadas qualitativamente para compor o instrumento final, sendo excluídas imagens com mais de 70% de frequência em Discordância de Receptividade Sexual e menos de 10% de Concordância. Foram selecionadas 50 imagens (25 femininas e 25 masculinas) para avaliação por grupo de estudo. Em 16 aplicações grupais, em diferentes instituições, obtivemos 289 homens (54,8%, 18 a 63 anos, DP ± 25,49) e 238 mulheres (45,2%, 18 a 65 anos, DP ± 28,92). A análise de critério não apresentou diferenças na percepção dos observadores em relação a faixa etária, estado civil e escolaridade. Houve diferença na percepção entre os sexos, sendo mais significativa para os itens de imagem masculina, dado observado na literatura específica. O cálculo de Alfa de Chronbach para o GrT, GrH e GrM apresentou bons índices de consistência interna para todos os 50 itens (<0,79 e 0,90). A análise fatorial para as 50 imagens não se sustentou, com itens apresentando comunalidades menores que 0,50 (0,32). A análise de conteúdo demonstrou que os itens selecionados expressam o construto em estudo, ou seja, receptividade sexual por imagem de expressão de face. O instrumento construído apresenta limitações, sobretudo, quanto à sensibilidade e especificidade para amostra clínica e grupos específicos, aspectos estes, que pretendemos considerar na continuidade futura do estudo. Contudo, o instrumento é capaz de avaliar a receptividade sexual por expressão de face. Acreditamos que diante da possibilidade de viés cultural na percepção de expressões em face humana, sejam válidas tentativas inovadoras de avaliação