Representando tensão histórica em American Gods, de Neil Gaiman: neoliberalismo,conservadorismo e outros deuses americanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carniel, Eduardo de Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-08062021-213736/
Resumo: Neste trabalho, analisaremos o romance American Gods, escrito por Neil Gaiman em 2001. A obra, assim como outras do mesmo autor, busca representar a realidade material com a assistência de elementos narrativos extrarrealistas, de caráter mítico e fantástico - neste caso específico, a partir da criação da figura dos deuses, extraídos de mitologias e também originais, como representações simbólicas da experiência humana ao longo da História. A partir do aparato teórico da crítica materialista, proporemos que a disputa que baliza a narrativa central do romance, entre os grupos de novos e velhos deuses, é construída de maneira a ecoar a disputa no debate político do período nos EUA, a saber, entre os discursos ideológicos do neoliberalismo e do conservadorismo. Investigaremos também a construção do foco narrativo da obra, e como os seus procedimentos buscam vincular a experiência do personagem central, Shadow, dentro de uma perspectiva histórica. Por fim, debateremos sobre a produtividade do romance na articulação desses elementos quanto ao mapeamento desse conflito ideológico, e os seus limites na proposta de uma superação dos mesmos.