Avaliação da efetividade de programa governamental de distribuição de leite fortificado no crescimento de crianças de 6 a 24 meses de famílias de baixa renda, residentes no interior do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Augusto, Rosângela Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-23112009-145933/
Resumo: Introdução: A avaliação dos resultados de políticas públicas de suplementação alimentar em condições reais de sua operacionalização (efetividade) é um instrumento imprescindível para área de saúde pública. Objetivos: Avaliar a efetividade de programa governamental de suplementação alimentar no crescimento de crianças, segundo o estado nutricional ao ingressar. Métodos: Estudo de coorte com dados secundários de 25.433 crianças de baixa renda com idade entre 6 a 24 meses que ingressaram em programa de distribuição de leite fortificado \"Projeto Vivaleite\" de 2003 a 2008, em 311 municípios do Estado de São Paulo. O crescimento foi medido por meio dos valores de escore z de peso para idade (PI), calculados pelo padrão OMS/2006, obtidos, na rotina do programa, ao ingressar e a cada 4 meses durante a permanência. Os critérios de inclusão foram ter idade ao ingressar entre 6 a 24 meses, ter pelo menos duas pesagens, incluindo a obtida na entrada, e não ter relatos de problemas de saúde. As crianças foram divididas em três grupos de escore z ao entrar: sem comprometimento de peso (z> -1); risco de baixo peso (-2 &#8804;z< -1) e baixo peso (z<-2). Utilizou-se regressão linear multinível (modelo misto), permitindo a comparação, em cada idade, das médias ajustadas do escore z de ingressantes e participantes há pelo menos quatro meses, ajustadas para correlação entre medidas repetidas. Resultados: Verificou-se efeito positivo do Programa no ganho de peso das crianças, variando em função do estado nutricional ao ingressar; para as que entraram sem comprometimento de peso o ganho médio ajustado foi 0,1827 escore z, entre as que entraram com risco de baixo peso foi 0,5659 e entre as ingressantes com baixo peso foi 1,0049 escore z. Conclusões: O programa é efetivo para o crescimento infantil, medido pelo escore z PI, com efeito mais pronunciado entre as crianças que entram no programa em condições menos favoráveis de peso.