O grupo do Almanaque Literário de São Paulo: paradigmas da sociabilidade republicana nos tempos da propaganda (1876-1885).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Menezes, Roni Cleber Dias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-05122007-152648/
Resumo: Este trabalho visou a recompor as trajetórias dos integrantes de um determinado grupo sócio-político-cultural, que se formou ao longo da segunda metade do século XIX, na então província de São Paulo, grupo esse que se constituiu pelo entrecruzamento de complexas redes de sociabilidade estruturadas no interior de diversos microclimas que abrigaram sua atuação pública. A percepção da existência de tal grupo, no qual se contavam importantes líderes da propaganda republicana paulista, deu-se por meio tanto da recuperação de itinerários individuais de seus integrantes (em que se misturam as redes responsáveis pela sua socialização), quanto da investigação a respeito do modo como eles se inseriam nesses microclimas, a saber: a Academia de Direito de São Paulo, os jornais Gazeta de Campinas e A Província de São Paulo, o Partido Republicano Paulista e o Almanaque Literário de São Paulo (ALSP). Dentre estes, destacamos sua participação no ALSP, publicação informativa do último quartel do século XIX editada pelo tipógrafo português José Maria Lisboa, um dos membros do grupo. A escolha desse locus como plataforma privilegiada de observação das redes de sociabilidade que dão forma ao grupo de republicanos se justifica em função de dois aspectos: em primeiro lugar, o ALSP se constituiu num verdadeiro campo de batalha em que se digladiavam as díspares correntes político-ideológicas que caracterizavam a sociedade brasileira do período, último quartel do século XIX; em segundo lugar, pois, na medida que o tomamos também enquanto principal fonte documental que embasa a persecução das redes de sociabilidade dos componentes do grupo, o ALSP nesta dimensão de fonte, pouco foi explorado no conjunto das produções acadêmicas em historia da educação no Brasil. O aporte teórico responsável pela fundamentação conceitual dessa dissertação respondeu pela experimentação do conceito de \"estruturas de sociabilidade\", categoria de análise engendrada pelo historiador francês Jean-françois Sirinelli, que se traduz pela conjugação das duas variáveis que mencionamos anteriormente, a noção de redes de socialização a e noção de microclimas.