Exportação concluída — 

As brigadas sanitárias e a febre amarela na cidade de Santos: 1903 a 1938

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Silva, Marcos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-06052024-103707/
Resumo: Este trabalho procura resgatar a história das Brigadas Sanitárias de combate ao Aedes aegypti que ocorreram na cidade de Santos no período de 1903 a 1938. Nesse contexto são identificados os fatores que favoreceram a ocorrência da febre amarela e o impacto dessas campanhas sanitárias no processo saúde-doença. O presente estudo é desenvolvido através de uma perspectiva epidemiológica, tentando concatenar aspectos nosológicos, ecológicos e socioeconômicos com as Brigadas. Para tanto, foi necessário realizar um levantamento de dados sobre a história da formação da cidade, da febre amarela, do Aedes aegypti e do serviço sanitário. Durante a segunda metade do século XIX, a população santista foi obrigada a conviver com as epidemias de febre amarela que ceifaram mais de 8000 vidas em 50 anos. A maior incidência da doença ocorreu na década de 1890 com a chegada de imigrantes europeus com destino às lavouras de café no interior do estado. O porto de Santos se consolidou como grande eixo de exportação de produtos agrícolas, ao mesmo tempo em que importava os mais variados tipos de pestilências trazidas pelo comércio marítimo. Por outro lado, a falta de saneamento na cidade e o desconhecimento da nosologia da febre amarela proporcionaram hábitos na população favoráveis ao desenvolvimento do vetor. Com a série de experiências realizadas no início do século XX, comprovando a transmissão da febre amarela urbana pelo Aedes aegypti, foi declarado guerra a esse inseto. O combate ao mosquito, conhecido como: \"Brigada contra mosquitos e moscas\", envolveu um grande contingente de pessoas com a missão de melhorar as condições sanitárias da cidade, destruindo ou removendo os criadouros do vetor nos domicílios. Como conseqüência, o trabalho descreve como sucedeu as primeiras campanhas sanitárias de profilaxia da febre amarela, identifica os fatores determinantes inerentes à doença, discute a metodologia de controle empregada no período e a importância da vigilância portuária na ocorrência de doenças transmitidas por esse mosquito.