Prematuridade tardia com e sem restrição do crescimento fetal: resultados neonatais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ortigosa, Cristiane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-12012009-113034/
Resumo: O objetivo deste estudo foi comparar a morbidade e a mortalidade entre prematuros tardios (34 a 36 semanas e 6 dias de idade gestacional ao nascimento) com e sem restrição do crescimento fetal (RCF). O estudo foi desenvolvido longitudinalmente, envolvendo gestantes que apresentaram parto prematuro, sendo 50 com RCF (Grupo I) e 36, sem RCF (Grupo II), no período de outubro de 2004 a outubro de 2006. Foram avaliados os seguintes resultados pós-natais: peso e idade gestacional (IG) ao nascimento, cesárea, Apgar de quinto minuto, pH do sangue da artéria umbilical ao nascimento, necessidade e tempo de intubação orotraqueal (IOT) e de internação na unidade de terapia intensiva neonatal (UTI). Foram também avaliados: síndrome do desconforto respiratório (SDR), sepse, plaquetopenia, hipoglicemia, hemorragia intracraniana (HIC), icterícia e necessidade de fototerapia, tempo de internação e ocorrência de óbito. Para análise estatística foram utilizados os testes de Qui-Quadrado, exato de Fisher e teste não paramétrico de Kruskal Wallis, adotado nível de significância de 5%. As idades gestacionais avaliadas foram semelhantes nos dois grupos, com média de 35,5 semanas. Observou-se, no grupo I, maior freqüência dos seguintes resultados pós-natais adversos: menor peso ao nascimento (p<0,001), maior incidência de cesárea (92% versus 25% do grupo II; p<0,0001), maior necessidade de internação em UTI (58% versus 33%; p=0,041), maior tempo de internação (p<0,001) e de internação em UTI neonatal (p<0,001), maior ocorrência de HIC (12% versus 0; p=0,037), maior ocorrência de hipoglicemia (p= 24% versus 6%; 0,047) e maior tempo de fototerapia (p=0,005). Os grupos não apresentaram diferenças nos índices de Apgar, pH de cordão, IOT, SDR, plaquetopenia, sepse e icterícia. Não houve casos de doença de membrana hialina, displasia broncopulmonar, hemorragia pulmonar ou óbito neonatal. Pode-se concluir que o grupo de prematuros tardios com RCF apresentou mais complicações neonatais do que o grupo sem RCF