Concepções de língua e linguagem em manuais pedagógicos de formação docente:o manual Didática Especial do Português, de Leodegário Amarante de Azevedo Filho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Moura, Marco Aurelio Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-03052023-114255/
Resumo: Nesta pesquisa descrevo e analiso 1 (um) Manual Pedagógico de Formação de Professores de Língua Portuguesa para o nível secundário, publicado em 1958 no Brasil. O manual pedagógico escolhido para análise foi: Didática Especial de Português para o Curso Secundário do professor Leodegário Amarantes do Azevedo Filho (1958). Essa escolha se justifica, pois, esse manual pedagógico é um objeto privilegiado para se observar as disputas ideológicas tanto no campo educacional quanto nos estudos da linguagem. Por meio dessa pesquisa, analiso as concepções de língua e linguagem que serviram de subsídio teórico-metodológico para a elaboração do manual e que orientou diretamente a formação dos professores de língua portuguesa no período estudado. Ademais, observei a sistematização e organização dos saberes escolares da disciplina de língua portuguesa presentes no manual. Analisei a materialidade textual do Manual Pedagógico, orientada pelos estudos dialógicos do discurso, a partir da obra de Mikhail Bakhtin e de seu Círculo. A partir dessa metodologia, estudei a produção científica em linguística aplicada, didática e história das disciplinas curriculares que ajudou na compreensão desse manual pedagógico em suas diferentes relações discursivas. A conclusão é de que esse manual pedagógico e, possivelmente, o ensino, foram mais impactados pelo paradigma filológico que predominou nos estudos linguísticos brasileiros até, aproximadamente, os anos 1960. Além disso, os saberes escolares de português, organizados e sistematizados no manual, têm forte influência da Escola Nova, tornando o ensino de português não apenas um reflexo dos conhecimentos filológicos, mas um saber produzido no interior da escola, diretamente relacionado com a cultura escolar e a função social da escola.