Manual do professor de língua portuguesa: da caracterização do gênero à leitura dos professores.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: NÓBREGA, Geovana Sousa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1669
Resumo: Ao discutirmos sobre formação docente, não podemos esquecer questões que envolvem o material escrito que se presta a auxiliar o professor com informações teórico-metodológicas relacionadas ao ensino de língua. Por isso, o nosso interesse em analisar o manual do professor que geralmente se encontra no final dos livros didáticos, a fim de verificar como se organiza esse gênero para cumprir as suas funções e identificar os tipos de referências que são ativadas na construção de sua textualidade e na leitura das professoras informantes. Para materializarmos esses objetivos, analisamos dois manuais do professor presentes nos livros didáticos destinados ao ensino médio, a saber, Português: linguagens, de Cereja & Magalhães (2003) e Português – de olho no mundo do trabalho de Terra & Nicola (2005), ambos volume único, bem como a leitura que duas professoras de ensino médio realizaram desses manuais. Essa análise nos permitiu caracterizar o manual do professor como um gênero textual que se presta mais à divulgação científica de conceitos teóricos ligadas à área da Lingüística, do que à orientação metodológica, de modo a construir duas referências de naturezas diferentes: a acadêmico-teórica e a escolar metodológica, presentes também na leitura das professoras. Para chegarmos a esses resultados, tomamos por base os estudos de Bakhtin (2003), que refletem sobre a constituição dos gêneros textuais em função da atitude responsiva do leitor, os estudos de Leibruder (2001), Zamboni (2001) e Zamponi (2005) que abordam questões relativas à formação do gênero de divulgação científica. Além desses, contemplamos, dentre outros, Mondada & Dubois (1995), sobre o processo de referenciação e Tardif (2002) no que se refere à formação docente. Vale ressaltar que ao longo da análise foi possível constatarmos que o modo como os divulgadores dispõem as informações a respeito do ensino da produção textual escrita parecem considerarem um professor-leitor, que se encontre inserido no processo de formação continuada.