Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Paula, Viviane Masetti da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-13012022-172235/
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Resumo: |
Introdução: Diretrizes nacionais e internacionais recomendam o uso da pressão negativa do ar ambiente na área de limpeza do Centro de Material e Esterilização (CME), no entanto, não existem evidências científicas robustas que comprovem os impactos positivos ou negativos deste sistema na saúde ocupacional. Objetivo: Avaliar a prevalência de sintomas respiratórios e resposta inflamatória respiratória em trabalhadores atuantes na área de limpeza do CME com diferentes sistemas de ventilação do ar ambiente. Método: Estudo clínico transversal, observacional e analítico, que avaliou trabalhadores de CME de cinco hospitais com três diferentes sistemas de ventilação: ar-condicionado sem e com pressão negativa e ventilação natural. A prevalência de sintomas respiratórios foi avaliada por meio da versão brasileira validada do European Community Respiratory Health Survey. A resposta inflamatória respiratória foi avaliada por meio da medida objetiva dos níveis de fração exalada de óxido nítrico (FeNO) por meio do equipamento NIOX VERO®. As análises dos dados coletados foram realizadas pelo software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18. Foram utilizados para analisar associações o modelo de regressão logística múltipla. Resultado: Em relação aos sintomas respiratórios, houve prevalência geral de 5% do total de trabalhadores investigados, não havendo associação estatística entre sintomas respiratórios e os sistemas de ventilação da área de limpeza dos CME (p=0,170). Do total dos investigados, 22% apresentaram indícios de resposta inflamatória respiratória com níveis de FeNO 25 ppb (partes por bilhão), sendo que, houve diferenças estatisticamente significantes entre os sistemas de ventilação (p=0,009) com vantagens para ventilação natural. Conclusão: A exposição ao sistema de ventilação natural reduziu em 94,3% a chance para desenvolver níveis de FeNO 25 ppb, demonstrando que esse sistema atuou como fator protetor, comparativamente ao sistema de ar-condicionado sem ou com pressão negativa. Esta evidência não sustenta recomendações de implementação de pressão negativa na área de limpeza do CME como uma medida protetora ocupacional. |