Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Sestini, Dhärana Pérola Ricardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-13032008-134513/
|
Resumo: |
Existe no Brasil dos anos de 1960 um projeto de \"mulher brasileira\" em vigor entre os setores conservadores das camadas médias e altas. Uma mulher dócil, elegante, caridosa, religiosa e que ocupa um lugar social específico: o espaço doméstico. A \"mulher brasileira\", que surge vivamente das páginas da Revista Família Cristã, ao zelar pelo bemestar do lar, filhos e marido perpetua essa visão do mundo para as novas gerações, conservando, desta maneira, seu espaço na sociedade. Foi baseada nessa visão de mulher que se formaram as entidades femininas, entre as quais destaca-se a União Cívica Feminina de São Paulo, fundada em fevereiro de 1962. As entidades femininas tiveram na \"mulher brasileira\" e no anticomunismo alicerces fundamentais para sua formação e suas ações públicas, sendo que a principal delas foi a \"Marcha da Família com Deus pela Liberdade\", realizada em 19 de março de 1964, em São Paulo. A manifestação representou a sinalização para as Forças Armadas de que teriam apoio da sociedade civil para o golpe militar, além de significar a materialização da visão do mundo de um grupo social. A \"Marcha\" foi convocada em nome de dona Leonor Mendes de Barros, esposa do governador Adhemar de Barros, que reunia em sua figura os atributos da mulher brasileira ideal, realizando, portanto, a concretização da \"mulher brasileira\" desenhada pelas entidades. |