Aditivos químicos e inoculantes microbianos em silagens de cana-de-açúcar: perdas na conservação, estabilidade aeróbia e o desempenho de animais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Junqueira, Marta Coimbra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-181944/
Resumo: O presente trabalho teve o objetivo de avaliar aditivos químicos e microbianos na ensilagem da cana-de-açúcar e analisar os efeitos destes sobre a composição química, as perdas de matéria seca, estabilidade aeróbia e desempenho de animais. No experimento 1 a forragem picada foi ensilada em baldes plásticos, onde em cada balde foi adaptada uma "válvula de Bunsen" para eliminação de gases e um dispositivo para a coleta de efluentes. Os tratamentos: Controle; Uréia a 1% (MV); Uréia a 1,5% (MV); Uréia a 2,0 % (MV) e LB: Lactobacillus buchneri foram avaliados 90 dias após a ensilagem. Houve efeito (P<0,05) para a recuperação de MS (RMS), o tratamento controle e uréia 1,5% mantiveram-se semelhantes quanto à RMS, com valores de 77,26 e 82,42%, respectivamente. Os três tratamentos contendo uréia não diferiram entre si e apresentaram similaridade com as silagens aditivadas com LB. Não houve efeito para as perdas por produção de efluente (PE), ocorrendo pequena produção de efluente em todos os tratamentos. Houve efeito (P<0,05) para os valores de perdas por gases (PG), onde a silagem controle apresentou maior PG (22,19% MS), levando ao menor índice de RMS (77,26%). Não houve diferença significativa entre os tratamentos na estabilidade aeróbia. Na avaliação da composição bromatológica das silagens o melhor resultado foi para o tratamento uréia 2,0%, que se manteve mais estável durante toda a exposição aeróbia. No experimento 2 Os tratamentos foram: LB: Lactobacillus buchneri; U 1%; U 1,5%; U 2%. Na avaliação da composição químico-bromatológica das silagens houve efeito dos tratamentos (P<0,01) para teores de PB, onde o menor valor observado foi no tratamento LB e os maiores valores ocorreram nos tratamentos com 1,5 e 2% de uréia Houve diminuição dos teores de CS e DIVMS e elevação no teor de FDN após a ensilagem. O desempenho foi avaliado em 60 novilhas, com peso médio de 240 kg. Em relação a ingestão de MS (IMS), houve diferença significativa (P<0,05) entre os tratamentos apenas no terceiro período, onde o tratamento uréia 1,5% apresentou a menor IMS. Para a taxa de ganho de peso, houve efeito (P<0,05) do tratamento uréia 1,0% entre os períodos, onde no segundo período a taxa de ganho de peso foi menor do que os outros períodos. Para a conversão alimentar, houve efeito para o tratamento uréia 1,5% entre os subperíodos de avaliações. Na média, o melhor resultado de CA ocorreu no tratamento uréia 1,0%. Houve efeito de tratamento (P<0,01) para as perdas por deterioração observadas no painel dos silos, onde as menores perdas foram observadas nos tratamentos LB e uréia 1,0%, evidenciando a eficiência do aditivo bacteriano L. buchneri no aumento da estabilidade aeróbia da silagem. No conjunto das observações a dose de uréia 1,0% na silagem de cana associou vantagens relacionadas à conservação da forragem e desempenho de animais