Dinâmicas territoriais em Rondônia: conflitos na produção e uso do território no período de 1970/2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Ricardo Gilson da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-14092011-131342/
Resumo: A proposta desta tese é explicar o estado de Rondônia a partir das dinâmicas territoriais estruturantes, no período de 1970 à 2010. O caminho percorrido partiu das determinações históricas e geográficas que se manifestam no processo de acumulação e transformação do território pelo trabalho social. O estudo aponta que Rondônia vivenciou dois processos de organização do território com focos diferentes, sendo complementares e contraditórios. No primeiro momento (1970-1995), a trajetória assumida se deu com a ação do Estado e suas agências institucionais, na formação de uma coerência territorial cujo objetivo macro foi a construção de um tecido funcional em meio a um escasso processo econômico e populacional, desdobrando-se na produção e expansão do território estatal. O segundo momento se desdobra no período pós 1995, alimentado por novos usos do território composto por um conjunto de atividades produtivas que amplia a escala de ação e de realização dos principais processos econômicos. Comparece com mais fervor a ação do capital individual (grandes empresas) nas atividades econômicas de transformação da base primária, na formação de agroindústrias com volume e escala de produção, alargando o contexto social dos lugares e do território. No primeiro momento, sob a égide do Estado, a produção literal do território é proeminente manifestada na formação de cidades, colonização, migração, nos eixos rodoviários, e no fomento ao modelo agropecuário de base familiar. Posteriormente, o território se constitui com uma coerência funcional para o capital, alimentado por atividades econômicas cuja escala geográfica produz uma fragmentação territorial. Nesta situação, evidencia-se a nascente agricultura capitalista e a agroindustrialização como processo mobilizadores no campo e na cidade. A ação do capital é fragmentadora do território, ao passo que a do Estado busca uma densidade e articulação no seu conjunto. Como resultado manifesta-se a simultaneidade como elemento estruturante do território.