Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Melo, Mariane Capellato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59141/tde-01082016-110208/
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Resumo: |
A assistência em saúde mental e, mais especificamente, os cuidados às pessoas que fazem uso problemático de álcool e outras drogas foram por muito tempo negligenciadas pelo Estado. Atualmente, existem diferentes formas de tratamento para o uso problemático de drogas, contudo, as políticas públicas atuais têm aumentado o financiamento para internações em Comunidades Terapêuticas. O objetivo deste estudo é compreender os sentidos construídos sobre a internação em Comunidades Terapêuticas por indivíduos que passaram por estas instituições e atualmente são usuários de um Centro de Atenção Psicossocial II álcool e drogas. Para isto, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com pessoas em tratamento em um CAPS- AD do município de Ribeirão Preto SP, que passaram por pelo menos uma internação em Comunidades Terapêuticas. Foi realizada uma análise de categoria temática tendo como referencial epistemológico o construcionismo social, levando-se em consideração a influência dos tempos longo, vivido e curto na produção de sentidos. A discussão realizada dialogou com a literatura sobre a Reforma Psiquiátrica. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, respeitando-se os critérios éticos da resolução n.º 466 de 12 de Dezembro de 2012. A análise e resultados foi realizada com 10 entrevistas, sendo construídas quatro categorias: 1) Comunidades Terapêuticas e equipamentos da rede de atenção psicossocial; 2) Momentos marcantes como desencadeadores da decisão de internação e suas expectativas; 3) Funcionamento das Comunidades Terapêuticas; e 4) A saída da Comunidade Terapêutica: decisão e experiências na sociedade. As políticas públicas, ao abrir espaço para financiamento das, CTs, tem investido em um modelo pouco estudado e que age em contradição com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica. As CTs trabalham unicamente com a abstinência propondo atividades domesticas, do campo (laborterapia) e espirituais, como principais intervenções. Há uma construção social, pautada no discurso moral religioso e jurídico, de que as internações prolongadas seriam a resolução para os problemas relacionados ao uso de drogas, sendo as CTs privilegiadas pelo financiamento público. Contudo, os usuários e familiares são constantemente enganados e expostos a situações de violência (coerção, imposição e punições). Tem-se desconsiderado a complexidade desse campo, impactando na forma como usuários de drogas são descritos e se descrevem. |