Efeito do ultrassom contínuo sobre o processo de regeneração do tecido conjuntivo muscular de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Fernandes, Bernardo Luiz Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-11062010-172021/
Resumo: Introdução: A escolha de parâmetros mais eficientes na aplicação terapêutica de um recurso de eletroterapia garante uma efetividade clínica maior ao tratamento realizado. O modo contínuo de aplicação do ultrassom vem sendo pouco estudado nas fases agudas das lesões. Objetivo: Avaliar os efeitos do ultrassom contínuo nas fases inflamatória, proliferativa e de remodelação no processo de regeneração do tecido conjuntivo muscular de ratos. Material e Métodos: Trinta ratos foram submetidos à lesão muscular nos músculos tibial anterior de ambos os membros traseiros e divididos em dois grupos, sendo o grupo Lesado (L) composto pelos membros traseiros esquerdos dos animais e o grupo lesado tratado com ultrassom (LUS), composto pelos membros traseiros direitos. Cada grupo foi subdividido em seis pequenos grupos (n = 5), que foram formados de acordo com o número de dias após a lesão em que os animais foram mortos, sendo no 3º, 7º, 14º, 21º, 28º e 35º dias. Após 24 horas da realização da lesão cirúrgica, o Grupo LUS começou a receber a aplicação do ultrassom no modo contínuo, área de radiação efetiva de 1cm2, com freqüência de transdutor de 1MHz, intensidade de 0,2W/cm2, por 1 minuto, uma vez ao dia. Os membros traseiros esquerdos submetidos à lesão cirúrgica e não tratados serviram como grupo controle (L). Para análise morfológica das fibras musculares foram realizados cortes seriados de 10 ?m de espessura, obtidos através de em um micrótomo criostato. Os músculos foram congelados em uma posição onde os cortes pudessem fornecer imagens longitudinais das fibras musculares e da fenda incisional. Cada série de corte foi obtida a partir da região superficial do músculo, a cada 100 ?m de profundidade e forneceu duas lâminas que foram coradas com a técnica Hematoxilina Eosina. A contagem de células foi feita em uma área de 0,625mm2 (área de um campo microscópico), com auxílio de uma câmera acoplada ao microscópio e monitor de vídeo e tendo como ponto de referência os limites da fenda incisional, ou seja, a região com fibras musculares lesionadas de um lado e as células infiltradas na fenda incisional de outro. A determinação da densidade de leucócitos polimorfonucleares e mononucleares, e de fibroblastos foi feita através da contagem média de 10 campos por amostra, sendo cinco campos representativos do tecido muscular seccionado e cinco campos da fenda incisional, totalizando 300 campos por grupo experimental (30 ratos ao todo). As células com morfologia de células satélites ou mioblastos foram ignoradas. Resultados: A análise da contagem de células revelou diferenças significativas (p <= 0,05) entre o número de células polimorfonucleares no 3º, 7º, 21º e 28º dias de tratamento com as seguintes xiii médias: L3 = 27,0; L7 = 29,6; L21 = 20,0 e L28 = 12,8 e LUS3 = 43,2; LUS7 = 29,2; LUS21 = 8,8 e LUS28 = 3,6. O número de fibroblastos foi significativamente maior (p<=0,05) apenas no 21º dia com L21 = 14,2 e LUS21 = 27,0. Conclusão: O ultrassom contínuo promoveu um aumento na densidade de células polimorfonucleares e fibroblastos durante o processo de regeneração do músculo tibial anterior de ratos, incrementando a recuperação deste tecido.