Prevalência de dor crônica após cirurgia para correção de incontinência urinária de esforço com tela sintética livre de tensão, sling de uretra média: revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sanches, Tainá Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-03022023-144311/
Resumo: A incontinência urinária de esforço é uma doença muito prevalente e com o envelhecimento populacional tem se tornado cada dia mais comum. A incidência de tal afecção aumenta conforme a idade da população estudada e a depender da faixa etária pode acometer até 60% das mulheres. A fisiopatologia da incontinência urinária ainda não foi completamente elucidada e diversos tratamentos já foram idealizados visando a cura e melhora da qualidade de vida das pacientes acometidas. Tratamentos clínicos não invasivos como fisioterapia pélvica são excelentes opções, porém apesar de melhorarem sintomas e qualidade de vida das mulheres incontinentes é frequente não conseguirem atingir a cura. Portanto medidas cirúrgicas são necessárias para complementação do tratamento. Em 1996 foi proposta uma cirurgia minimamente invasiva, realizada sob anestesia local em regime ambulatorial com baixas taxas de complicações e rápido retorno as atividades diárias o Sling sintético de uretra média livre de tensão que pelas características mencionadas tornou-se rapidamente a técnica cirúrgica mais usada. A agência regulatória dos Estados Unidos - Food and Drug Administration (FDA) - em 2008 lançou um comunicado sobre complicações secundárias ao uso de telas em cirurgias vaginais, colocando luz sobre possíveis complicações secundárias ao uso de sling de uretra média sintéticos. Desta maneira o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura existente e estabelecer a prevalência de dor crônica, uma das possíveis complicações do sling de uretra média com material sintético. As bases de dados avaliadas para tal revisão foram LILACS, PUBMED, SCOPUS e EMBASE, e os critérios de elegibilidade foram estudos prospectivos, randomizados ou não, cegos ou não, avaliando pacientes com incontinência urinaria de esforço pura submetidas a sling sintético de uretra média por via retro púbica, transobturatória ou slings de incisão únicas, popularmente conhecidos como \"mini-sling\". O tempo de seguimento mínimo exigido foi de 6 meses. Foram excluídos estudos que avaliassem pacientes com incontinência urinaria mista ou com prolapsos significativos, estudos que incluíssem pacientes submetidas a quaisquer procedimentos cirúrgicos concomitantes ao sling e estudos que incluíssem pacientes que já haviam sido submetidas a procedimentos para correção de incontinência previamente. Vinte e dois estudos foram elegíveis para a análise. Nenhum dos estudos avaliados tinha dor como desfecho primário e por isso a avaliação de dor crônica foi prejudicada, não sendo possível estabelecer a prevalência de dor crônica após inserção de sling de uretra média sintético. Novos estudos com o objetivo primário de avaliar dor após esta cirurgia devem ser conduzidos.