Estudo comparativo entre mini-sling e sling transobturatório no tratamento da incontinência urinária de esforço: três anos de seguimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pascom, Ana Livia Garcia [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6419010
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52701
Resumo: Introdução: Os slings de uretra média são o tratamento padrão-ouro atualmente para a incontinência urinária de esforço feminina, porém não são isentos de complicações. Os mini-slings são slings de incisão única vaginal, desenvolvidos para minimizar os riscos, porém o uso para tal finalidade de tratamento ainda não está esclarecido. Objetivo: Comparar a eficácia e a segurança do mini-sling e sling transobturatório para o tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço após 36 meses de seguimento. Material e Método: 130 mulheres com diagnóstico de incontinência urinária de esforço foram randomizadas para o tratamento cirúrgico com mini-sling ou sling transobturatório entre agosto de 2008 e dezembro de 2011. Avaliou-se as pacientes com 12 e 36 meses de pósoperatório observando-se as queixas clínicas, teste de esforço à tosse, teste do absorvente e questionários de qualidade de vida. Os objetivos primários foram cura objetiva definida como teste de esforço à tosse e teste do absorvente negativo e cura subjetiva definida como relato de satisfação e sem desejo de novo tratamento. Os objetivos secundários compreendiam a avaliação dos questionários de qualidade de vida Incontinence Quality of Life Questionnaire (IQOL) e Urogenital Distress Inventory Short Form (UDI-6), taxas de complicações e de reoperação. Teste t-Student pareado, teste não paramétrico de Mann- Whitney, teste do Qui-quadrado, teste Exato de Fisher, ANOVA e valor de p <0,05 como significante foram usados para análise estatística. Resultados: Aos 36 meses de seguimento pós-operatório 82 pacientes foram avaliadas (n: 41 em cada braço). A cura objetiva foi maior para o grupo do sling transobturatório do que para o grupo do mini-sling tanto pela análise per protocol (90,2% e 68,3%, respectivamente, p=0,027) quanto pela análise de intention-to-treat considerando faltas como falhas (60,7% e 40,6%, respectivamente, p=0,035), porém ambos os grupos foram semelhantes (93,4% e 81,2%, respectivamente, p=0,066) na análise de intention-to-treat considerando faltas como sucesso. A cura subjetiva foi semelhante entre os dois grupos (p>0,05 em todas as análises). Ambos os grupos tiveram melhora importante nos escores do questionário de qualidade de vida I-QOL, porém o grupo do sling transobturatório apresentou melhores resultados em relação ao domínio de limitação de comportamento do IQOL (p=0,021), e escores do UDI-6 scores (p=0,026). Novo procedimento cirúrgico de sling foi necessário em 7 das 69 (10,1%) mulheres do grupo do mini-sling e 2 das 61 (3,3%) do grupo do sling transobturatório (p=0,172) após três anos de seguimento por incontinência urinária de esforço recorrente. Conclusão: Após três anos de seguimento pós-operatório de mulheres com incontinência urinaria de esforço, o sling transobturatório foi associado a maior taxa de cura objetiva do que o mini-sling, no entanto a taxa de cura subjetiva foi similar para ambos os grupos.