Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Costa, Paula Barreto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-17102018-141100/
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Resumo: |
O intervalo post mortem (IPM) é o período de tempo que se passou desde a ocorrência do óbito até o momento em que se passa a estudar o corpo e/ou remanescente humano. A determinação deste intervalo é assunto de grande relevância no âmbito forense por seu papel importante na resolução de casos criminais. Existem diversas técnicas forenses para determinação do IPM, porém, em muitos casos são necessárias associações para melhores resultados. Na busca pela precisão, novos métodos são constantemente avaliados e testados, como a utilização da biologia molecular, na análise de moléculas de DNA e RNA. Estudos recentes vêm demonstrando o uso da molécula de RNA na determinação do IPM e, nesse sentido, os dentes são regiões do corpo indicadas para extração do RNA devido à presença do complexo dentino-pulpar que possui uma adequada disponibilidade de material genético e um elevado grau de proteção às condições endógenas e exógenas que podem acelerar a degradação da molécula. O objetivo deste estudo foi avaliar a aplicabilidade da utilização do método de quantificação da degradação do RNA extraído de polpas dentais como uma alternativa na determinação do IPM, simulando condições de inumação em terreno exposto as alterações de temperatura e umidade. Para isso, foram utilizados 70 dentes humanos divididos em 7 grupos, os quais foram submetidos à condição de inumação por períodos de tempo pré-estabelecidos. Posteriormente, os grupos foram exumados e procedeu-se a extração da polpa dental, extração da molécula de RNA e análise da degradação da molécula para obtenção dos resultados. Após as etapas descritas, foi possível constatar tecido pulpar para extração em 32,85% das amostras, sendo os grupos 1 e 4 aqueles com maior número de amostras com tecido pulpar aparente. Com relação à quantificação da integridade da molécula de RNA, dentre os 70 dentes que constituíam o grupo amostral total, o sistema Agilent 2100 Bioanalyzer (AgilentTM, Califórnia, Estados Unidos) só foi capaz de fornecer um RIN (número de integridade do RNA) para 11 amostras, o que corresponde a 15,71%. O grupo 1, foi o que apresentou o maior número de componentes com um RIN detectável, totalizando 40% e o Grupo 3,foi o que apresentou o maior RIN dentre um de seus representantes frente a todo grupo amostral, sendo este valor de 5.90. Nos grupos 6 e 7 não foi possível detectar nenhuma amostra com alguma taxa de integridade da molécula de RNA. Constatou-se que os resultados obtidos não foram suficientes para que fosse desenvolvida uma equação de regressão que fosse aplicável. Após a análise dos resultados, foi possível concluir que o método de quantificação da degradação da molécula de RNA extraída de polpas dentais não foi aplicável para estimativa do IPM em condições simuladas de inumação em terreno exposto as alterações de temperatura e umidade. |