Substituição parcial de proteína animal por vegetal na dieta de portadores de doença renal crônica: efeitos sobre a acidez em sangue e urina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Gabriela Cristina Arces de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-19072018-114215/
Resumo: A dieta tem forte influência sobre a formação de carga ácida no metabolismo dos pacientes com doença renal crônica (DRC), portanto é um fator que pode influenciar na gravidade da acidose metabólica. Esta é uma condição comumente encontrada em estágios mais avançados da DRC. Proteínas vegetais, como a proteína texturizada de soja (PTS), poderiam proporcionar uma formação de carga ácida menor e, pelo seu conteúdo de isoflavonas, consideradas antioxidantes, contribuiriam para a melhora do estresse metabólico. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da substituição de fontes proteicas de origem animal por fonte vegetal (soja), durante uma semana, em parâmetros sanguíneos e urinários de acidose em pacientes com DRC. Foram avaliados 28 pacientes com DRC estadios 3, 4 e 5 antes e após a substituição de fontes de proteínas animais de uma refeição principal (almoço ou jantar) por PTS ao longo de 7 dias. Antes e após a intervenção foram avaliados: ingestão alimentar por registros, a carga ácida potencial dos alimentos (CAPA), exames clínicos de rotinas, antropometria (peso, altura e IMC), composição corporal por bioimpedância de espectroscopia multifrequencial (BIS), parâmetros de acidez sanguínea e urinária (bicarbonato e pH urinário) e marcadores de estresse oxidativo (CAT e AOPP). Para análise de resultados foram utilizados testes não paramétricos de Mann-Whitney e também testes de correlação de Spearman que foram empregados para avaliação de associações entre as variáveis. O valor de p<0,05 foi considerado para a significância estatística. Encontramos que em9 uma semana de intervenção com PTS houve aumento significativo nos marcadores de BIC e pH sanguíneos, assim como no pH urinário. A maioria dos pacientes saíram do estado de acidose metabólica. O marcador de estresse oxidativo CAT mostrou melhora, porém o AOPP não apresentou aumento significativo. Em relação a composição corporal, houve diminuição do peso e aumento nos marcadores de hiperhiratação (HH), porém aumento na massa livre de gordura (MLG) e massa gorda (MG). Esses resultados mostram que a diminuição de CAPA na dieta, pela inclusão da PTS pode gerar uma melhora na acidose metabólica e no estresse oxidativo, consolidando que o manejo dietético através da inclusão de proteína vegetal pode ser uma abordagem nutricional importante no tratamento do paciente com DRC.