A qualidade da informação de mortalidade em alguns municípios da Regional de Saúde de Marília - SP: correção de distorções por meio de técnicas simples

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Baggio, Maria Cristina Rolim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-14122020-153628/
Resumo: As informações de mortalidade, indispensáveis para a elaboração de diversos indicadores de saúde, permitem o conhecimento dos agravos que afetam uma população, orientando a implantação de modelos de atenção, promoção da saúde e das ações de prevenção e controle. No Brasil, o Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS) foi implantado, em nível nacional, em 1975. No entanto, a qualidade e a confiabilidade das declarações de óbito (DO) vem sendo analisada e questionada em todo o mundo. O aspecto mais relevante na análise qualitativa é o que mede a fidedignidade das informações relativas à mortalidade por causa. Objetivos. Avaliar o SIM do ponto de vista qualitativo e testar metodologias simples e uniformes capazes de minimizar suas distorções. Método. Foram coletadas as DO das mortes ocorridas em cinco municípios da Regional de Saúde de Marília/SP, em um período de quatro meses. Destas, foram investigadas as que não apresentavam a causa de morte bem definida, as codificadas como causas externas e presumíveis de AIDS, e as mortes de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos). Para o esclarecimento da causa de morte e elaboração de uma DO-nova, foram coletadas informações adicionais em prontuários ambulatoriais e hospitalares, entrevistas no domicílio, laudos do Instituto Médico Legal e boletins das Delegacias de Polícia. Ao final, a causa básica de óbito da DO original foi comparada com a refeita pelo estudo. Resultados. Do total de óbitos ocorridos nos municípios selecionados, 16,5% foram por causas mal definidas, 6,7% tinham como causa diagnósticos incompletos e 8,6% causas externas. Das 302 mortes investigadas, foi possível tomar bem definidas 68,2% das causas mal definidas, 74,5% das com diagnósticos incompletos, 70% das externas mal definidas e 77,3% das externas incompletas. Foram encontrados três casos de AIDS e um de morte materna, não declarados na DO original. As fontes consultadas, tanto os prontuários e laudos, como as entrevistas no domicílio, mostraram-se suficientes para o esclarecimento da causas de morte. Conclusões. A proporção de mortes por causas mal definidas em relação ao total de óbitos, no conjunto dos municípios estudados, foi maior do que a observada no estado, tendo sido possível obter um ganho apreciável na qualidade da informação por meio do uso de técnicas simples e acessíveis.