Um modelo de equações diferenciais ordinárias aplicado à leucemia promielocítica aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Yoshinari Júnior, Gerson Hiroshi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17154/tde-12072019-090313/
Resumo: A Leucemia Promielocítica Aguda (LPA) é uma condição incomum, potencialmente letal, no qual o tratamento baseado em análise de risco de recaída levou a melhores resultados terapêuticos. Devido à raridade e sobrevida global relativamente alta, ensaios clínicos prospectivos para investigar protocolos alternativos de tratamento são desafiadores. Modelos matemáticos podem oferecer informações úteis neste cenário, otimizando tempo e custos de estudo, aumento as chances de resultados positivos. Foram coletados dados clínicos e laboratoriais dos primeiros 30 dias de tratamento de todos os 39 pacientes diagnosticados com LPA tratados no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP) sob o protocolo de tratamento do International Consortium on Acute Leukemia (ICAL). Foi proposto um modelo matemático baseado em Equações Diferenciais Ordinárias (EDOs) que representa a dinâmica dos leucócitos no sangue periférico e os efeitos do protocolo ICAL de tratamento na dinâmica da doença. Observou-se que a coorte do HCRP apresenta características demográficas e desfechos clínicos comparáveis aos publicados em estudos prévios em LPA. Com 41,8 meses de seguimento mediano, sobrevida livre de recaída e sobrevida global em dois anos foram ambos de 78,7%. Para um conjunto adequado de dados laboratoriais, as soluções oferecidas pelo modelo ajustam-se adequadamente. Informações derivadas do modelo podem auxiliar na prática clínica e no desenho de ensaios clínicos, sugerindo protocolos de tratamento e determinando riscos de recaída.