Avaliação de protocolo quimioterápico para tratamento de leucemia promielocítica aguda na infância e adolescência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Breviglieri, Carla Nolasco Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-25112022-101544/
Resumo: Objetivo: Avaliar os resultados de sobrevida global e sobrevida livre de eventos das crianças e adolescentes tratados por protocolo de tratamento da leucemia promielocítica aguda utilizado no Serviço de Onco-hematologia Pediátrica do Instituto da Criança do HCFMUSP/ Instituto de Tratamento do Câncer Infantil. Descrever características clínicas, avaliar resposta ao tratamento em cada fase do tratamento, assim como fatores de risco e descrição dos principais eventos adversos e toxicidades. Métodos: Trata-se de estudo restrospectivo realizado por análise de prontuários, com avaliação de todos os pacientes tratados de forma uniforme entre 2000-2018. O protocolo utilizado baseia-se na modificação do esquema de tratamento clássico realizado no protocolo AIDA, com redução em 1 ano no tempo de tratamento, redução do número de quimioterápicos utilizados e estratégia para redução da mortalidade precoce postergando o início da antraciclina. Resultados: Trinta e dois pacientes foram tratados. Maioria do sexo feminino (56,3%), com mediana de idade de 12 anos, sendo 34.3% pertencentes ao grupo de alto risco. Dois pacientes tinham variante hipogranular, e 3 tinham outra alteração citogenética além da t(15;17). A mediana do início da primeira dose de antraciclina foi de 7 dias. Houve 2 óbitos (6,25%) relacionados à mortalidade precoce associadas à sangramento de SNC. Vinte e nove (29/30) tiveram remissão morfológica após a indução, e todos os pacientes alcançaram remissão molecular após período de consolidação. Cinco crianças (15,6%) preencheram critérios para síndrome de diferenciação, e seis para pseudotumor cerebral (18,75%). Duas crianças recaíram de sua doença e foram resgatadas com trióxido de arsênico e transplante de células tronco hematopoiéticas. O único fator que teve impacto em sobrevida foi a presença de CIVD ao diagnóstico (p=0.031). A sobrevida global foi de 88,4%, e a sobrevida livre de eventos de 89,3% em 5 anos. Conclusões: Os resultados de sobrevida foram comparáveis aos encontrados em grandes ensaios clínicos multicêntricos prospectivos e com menor mortalidade precoce quando comparados aos resultados encontrados em outros centros brasileiros. Não houve doença refratária ao tratamento. O único fator associado à piora de sobrevida foi a presença de CIVD. As toxicidades encontradas ocorreram dentro do previsto em literatura