Implementação do formalismo para dosimetria de campos pequenos, TRS-483, e avaliação do impacto na radioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cunha, Ana Paula Vollet
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-23082019-082058/
Resumo: INTRODUÇÃO: O desenvolvimento de novas tecnologias possibilitou a utilização frequente dos campos cada vez menores e/ou modulados, e esse processo apresentou um aumento de incertezas na aquisição dos dados dosimétricos bem como em sua utilização nos sistemas de planejamento computadorizados (SPC). Este estudo teve como objetivo realizar medidas dosimétricas baseadas no TRS-483 e avaliar o impacto desses dados em quatro algoritmos de cálculo de dose em condições de não referência ou campos pequenos. METODOLOGIA: Utilizando um objeto simulador de varredura automática, Blue Phantom, e os detectores CC01, CC13, Razor e EFD, foram realizadas medidas de perfis (transversal e radial) e porcentagem de dose em profundidade (PDP) dos feixes de tamanhos de campo entre 5 mm x 5 mm e 100 mm x 100 mm nos aceleradores lineares 6 EX e 2100 CD, Varian. Aproximando os perfis dos campos de 5 mm x 5 mm e 10 mm x 10 mm por uma gaussiana e considerando a função peso adequada ao formato do detector, foi avaliado o efeito de média volumétrica dos detectores utilizados. Em seguida, considerando as recomendações do TRS-483, foram coletadas as medidas necessárias para o comissionamento dos algoritmos AAA e Acuros XB do sistema de planejamento Eclipse® e Pencil Beam (PB) e X-Ray Voxel Monte Carlo (MC) do iPlan®. RESULTADOS: Com as medidas iniciais de perfis e PDP foi possível avaliar o desempenho dos diferentes detectores. A câmara CC13 não se mostrou adequada, apresentando os resultados mais discrepantes dos demais detectores, devido a sua maior dimensão com relação aos menores tamanhos de campo. O detector com menor efeito de média volumétrica foi o Razor, menor que 1 %, enquanto a câmara CC01 apresentou até 2 % de efeito e o EFD não ultrapassou 1,5 %. Com relação ao comissionamento dos SPC, AAA e AcurosXB não se mostraram sensíveis nos resultados calculados de perfis para a mesma configuração das medidas, apresentando diferenças nas regiões de maior intensidade do feixe. No caso do iPlan®, os dados calculados diferiram dos medidos apenas no sentido radial e para o campo 6 mm x 6 mm. Com relação ao fator output inserido, este apresentou redução média de 8,5 % no valor de unidade monitora (UM) nos planos calculados com AAA e Acuros XB, 6 % para PB e não houve diferença para o MC, bem como uma maior concordância de resultados entre os algoritmos de cada sistema após esses serem comissionados com o formalismo do TRS-483. CONCLUSÃO: Para ambos sistemas de planejamento, Eclipse® e iPlan®, pode-se concluir que, para campos maiores que 10 mm x 10 mm, os algoritmos de cálculo de dose apresentam-se adequados e correspondentes entre si quando comissionados para campos pequenos e, avaliando as incertezas desse processo, houve uma redução de 2,2 %