Desafio hormonal em roedores silvestres: investigando relações entre corticosterona, metabolismo energético e perfil leucocitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Góes, Mariana Bentim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-17072015-153208/
Resumo: O processo de perda e fragmentação do habitat induzido pela ação humana é considerado a principal causa da diminuição global da biodiversidade. Apesar de muitos estudos fornecerem indicações sobre o grau de tolerância das espécies, poucos permitem determinar os mecanismos subjacentes à tolerância diferencial, o que seria de suma importância conservacionista. Neste foram investigados aspectos da responsividade ao estresse em Akodon montensis, uma espécie de roedor classificada em trabalhos prévios como tolerante ao processo de fragmentação. O objetivo do presente estudo foi avaliar possíveis alterações nos níveis plasmáticos de corticosterona, taxa metabólica e perfil leucocitário de machos e fêmeas em resposta a desafio hormonal, que consistiu na aplicação de Dexametasona (DXM) seguida pela aplicação de hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) ou salina (grupo controle), bem como o curso temporal destas respostas e suas possíveis relações. Foram capturados 41 indivíduos em área de Floresta Atlântica (Reserva Florestal do Morro Grande) e transportados para laboratório em alojamento. Um dia após a captura foi realizado experimento e os indivíduos divididos em dois horários distintos de coleta sanguínea: 30 e 60 minutos. O tratamento com ACTH aumentou significativamente os níveis plasmáticos de corticosterona, com pico 30 minutos após a aplicação e forte tendência à diminuição após este período. Observamos relação diretamente proporcional entre a concentração plasmática de corticosterona, taxa metabólica, relação neutrófilo:linfócito (N:L) e índice de condição corpórea (IMC), apesar do tratamento com ACTH não afetar diretamente estes parâmetros dentro do intervalo amostrado (30 minutos a 6 horas). Os resultados sugerem a existência de uma relação entre a ativação do eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HHA), através da concentração plasmática de corticosterona, e aspectos metabólicos e leucocitários, embora seus possíveis efeitos possam se dar em intervalos temporais mais tardios ou após a repetição de estímulos. A realização de novos experimentos, com a obtenção de maior número de indivíduos e maior intervalo de coleta de amostras, se faz necessária para mais inferências sobre o perfil fisiológico de indivíduos desta espécie frente a estímulos estressores.