As políticas de imigração dos Estados Unidos: Entre o ativismo restricionista e o paradigma de enforcement imigratório contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Amaral Junior, Wellington Gontijo do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-14092011-132127/
Resumo: O principal objetivo deste trabalho é compreender a dinâmica que promoveu uma possível securitização da imigração nos Estados Unidos após 2001. Para tanto, procuramos identificar e analisar as mudanças na formulação, orientação e condução da política de imigração nos Estados Unidos a partir da ótica do enforcement imigratório e das legislações de imigração, enfatizando a atuação dos grupos restricionistas para a evolução dessa política. Defendemos que a colocação da imigração como uma questão de segurança no pós-11 de setembro está inserida dentro de um processo mais amplo e resgata o papel importante do ativismo restricionista em especial, do nativismo - na promoção de conteúdos hostis ao imigrante. Além de ser fruto de uma trajetória de demonização do imigrante identificada desde o século XIX, o cenário pós-11 de setembro marca a consolidação da escalada do controle imigratório em curso desde finais dos anos 1980. Na conclusão, utilizamos parte do arcabouço teórico sobre segurança desenvolvido pela Escola de Copenhague para testar a hipótese proposta inicialmente, procurando também apontar os perigos concernentes ao alargamento do conceito de segurança e à produção de modelos de política imigratória como o norteamericano que, ao colocar em destaque os aspectos de segurança da imigração, promoveu uma lógica de ingerência da política de segurança na condução da política imigratória e que tem implicado num aprofundamento dos estranhamentos culturais e das representações negativas do imigrante.