Periferias urbanas da metrópole de São Paulo: territórios da base da indústria da reciclagem no urbano periférico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Burgos, Rosalina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-10032010-110647/
Resumo: Esta Tese tem como questão central o processo de transformações recentes das periferias urbanas da metrópole de São Paulo, no contexto do mundo do trabalho (políticas neo-liberais pós anos 70). Com base neste questionamento, realizou-se uma pesquisa sobre a estruturação da indústria da reciclagem, enquanto objeto plenamente implicado pela questão inicialmente posta. A pesquisa foi desenvolvida a partir de três premissas. A primeira diz respeito ao processo de formação da periferia urbana, bem como de suas transformações recentes, tendo como fundamento as determinações do mundo do trabalho. A segunda premissa se refere às formas de inserção dos trabalhadores pobres urbanos no processo de industrialização-urbanização. Parte-se do pressuposto de que o urbano sempre ocupou contigentes de trabalhadores pobres não inseridos em atividades formais. Trata-se, nesta pesquisa, de compreender os termos pelos quais, no contexto da urbanização crítica (Damiani), a indústria da reciclagem se ergue arregimentando milhares de catadores, na condição de trabalhadores sobrantes. A terceira premissa se remete ao fortalecimento do Terceiro Setor, enquanto parte constitutiva do Estado em reforma, cujo fundamento se encontra no contexto das políticas neo-liberais, pós anos 70. Com base nestes fundamentos, a pesquisa foi realizada de acordo com os Níveis e Dimensões do urbano (Henri Lefebvre, 1999) correspondentes aos níveis do real. Por sua vez, privilegiou-se o Nível Misto, propriamente urbano. Enfatiza-se a (re)inserção produtiva de trabalhadores sobrantes nas atividades inscritas no urbano periférico, noção desenvolvida no escopo da Tese. Neste contexto, as periferias urbanas constituem territórios da base desta indústria, inclusive como frentes de formação de capital. Caracterizam-se, neste sentido, como territórios de expropriação, ou ainda, como território de escassez da riqueza produzida.