O ser professor em obras literárias autorreferenciadas e em filmes: dimensões profissionais e emocionais do trabalho docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Calles, Diva Cleide
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-17072012-105342/
Resumo: Neste trabalho, são analisadas obras literárias autorreferenciadas que lidam com a figura do professor nas diversas identidades que ele possa assumir e representar no ensino em diferentes instituições escolares, tendo por fontes: Blackboard jungle, de Evan Hunter; Sale Prof!, de Nicolas Revol; Entre les murs, de François Bégadeau; Teacher man, de Frank McCourt; e os filmes: Entre les murs (Entre os muros da escola); e Blackboard jungle (Sementes da violência). Escritas e protagonizadas por professores, e representando situações escolares que se passam desde a segunda metade do século XX e o início do século XXI, tais obras são examinadas como textos culturais, com sentidos e representações culturais e sociais sobre a docência, atendendo aos seguintes objetivos: (1) examinar a constituição do ser professor e as representações sobre a docência nestas obras e a partir delas; (2) entrever multíplices discursos e representações socialmente circulantes sobre a docência; (3) discutir questões alusivas às obras literárias e cinematográficas a partir de elementos comuns ao universo escolar, concernentes ao ser professor e ao exercício da docência. Pela universalidade da profissão docente, mesmo em sistemas de ensino distintos, analisam-se as representações docentes em relação a: (1) alunos e famílias das camadas populares, socialmente excluídos, para os quais a escolaridade nem sempre faz sentido ou assume outras perspectivas; (2) crescentes demandas institucionais, sociais e pessoais sobre a atuação docente; (3) fracasso escolar e limites de atuação docente; (4) constituição da autoridade docente, expectativas de atuação e sentidos do trabalho docente para o próprio professor; (5) estabelecimento de um pacto de convivência satisfatório e possibilitador de múltiplas aprendizagens. O estudo dessas fontes permitiu observar que, na atividade performática da docência, a formação inicial e a obtenção de conhecimentos acadêmicos e pedagógicos consistem apenas numa parte do encaminhamento eficiente para a maioria das ocorrências em sala de aula. Cabe ao professor dar conta física e emocionalmente de conflitos, frustrações, êxitos e alegrias inerentes à atuação profissional. Uma inter-relação satisfatória deve ser fundamentada num contrato de convívio baseado em hierarquia, limites, regras e respeito mútuo.