Performance em acervos museológicos: estudo comparativo entre a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Museu de Arte Contemporânea da USP (1967-1980)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Vale, Juliana Mendonça do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/103/103131/tde-22042025-153530/
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar a assimilação de performances, como objeto museológico, nos acervos do Museu de Arte Contemporânea da USP e da Pinacoteca do Estado de São Paulo entre 1967 e 1980. Parte-se da investigação das primeiras participações de obras de performances em exposições nessas duas instituições, e seus processos de documentação e catalogação, até chegar às transformações que consolidaram as performances como práticas artísticas autônomas no contexto museal. O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e a Pinacoteca do Estado de São Paulo são tomados como estudos de caso, durante as gestões de Walter Zanini e Aracy Amaral e Fábio Magalhães, respectivamente, a partir de uma abordagem comparativa. Para tanto, são analisadas as doações e aquisições realizadas à época e as diretrizes adotadas por ambas as instituições para classificação de performances enquanto objetos museológicos, ou seja, as trajetórias das obras ao adentrarem essas instituições após o encerramento de exposições. A pesquisa baseia-se em fontes documentais, tais como fichas catalográficas, termos de doação e documentação relativos às exposições, por meio das quais busca-se esclarecer o processo de classificação, catalogação e documentação de performances. Ao longo desse processo considera-se que as duas instituições integraram uma rede inovadora de produção e troca de conhecimento, responsável pela artificação, musealização e legitimação da performance. Ressalta-se, por fim, a importância da normatização de diretrizes para catalogação e conservação dessas práticas artísticas, visando modelos que consolidem performances como práticas artísticas híbridas em constante movimento e transformação.