Efeito da embolização das artérias prostáticas no componente dinâmico da hiperplasia prostática benigna: achados de elastografia por ultrassonografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Assis, André Moreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-10032022-121323/
Resumo: Objetivos: Determinar o efeito da embolização das artérias prostáticas (EAP) na elasticidade da próstata, conforme achados de elastografia por ultrassonografia (EUS), assim como descrever o papel da EUS na avaliação pré- e pós-EAP. Metodologia: Esse é um estudo de coorte prospectivo, realizado em centro único, que incluiu 20 pacientes submetidos à EAP para tratamento de sintomas do trato urinário inferior (LUTS) atribuídos à hiperplasia prostática benigna (HPB). Avaliações pré-EAP, e aos 3 e 12 meses de seguimento incluíram consulta clínica, aplicação dos questionários International Prostate Symptom Score (IPSS) e o subitem Quality of Life (QoL), dosagem do antígeno prostático específico (PSA) sérico, ressonância magnética (RM) da próstata e urofluxometria para determinação do fluxo urinário máximo (Qmax). EUS com medida do módulo elástico (ME) e shear wave velocity (SWV) da próstata, bem como o cálculo da relação elastográfica zona transicional / zona periférica (Zt/Zp), foram realizadas antes da EAP, e a 1 mês de seguimento clínico após o procedimento. Resultados: Dezessete pacientes fizeram parte da análise estatística. Após a EAP, a EUS demonstrou redução significativa do ME médio (46,3 kPa versus 34,4 kPa, -24,7%, P < 0,0001) e do SWV médio da próstata (4,46 m/s versus 3,55 m/s, -20,0%, P < 0,0001). Ainda, a relação Zt/Zp apresentou redução média significativa de 44,5% (P = 0,01). Todos os 17 pacientes apresentaram melhora significativa dos LUTS (P < 0,05 para IPSS, QoL, volume prostático, Qmax e PSA). Houve correlação positiva moderada entre o ME inicial e o IPSS de 1 ano, entre o SWV inicial e o IPSS de 1 ano e entre a Zt/Zp inicial e o IPSS de 1 ano (P < 0,05 para todos). SWV inicial 5,59 m/s e ME inicial 50,14 foram preditivos de resultados clínicos e urológicos subótimos após a EAP, com sensibilidade e especificidade elevadas. Um paciente apresentou falha clínica aos 12 meses de seguimento clínico (5,9%). Houve uma complicação menor nesta coorte (5,9%), correspondendo a um caso de hematúria autolimitada. Conclusões: A EAP causou aumento da elasticidade da próstata, levando a efeito positivo no componente dinâmico da HPB. Os parâmetros elastográficos iniciais apresentaram correlação positiva moderada com os valores de IPSS após a EAP. Valores iniciais elevados de ME e SWV apresentaram altas sensibilidade e especificidade para resultados subótimos após a EAP, podendo ser usados como preditores dos resultados clínicos do procedimento