Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lebani, Bruno Rodrigues [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67544
|
Resumo: |
Introdução: O tratamento padrão ouro para pacientes com sintomas do trato urinário inferior secundários a aumento de volume prostático, considerando glândulas > 80 mL é a enucleação do adenoma, mas técnicas alternativas estão em constante desenvolvimento. Não há estudos prospectivos e randomizados comparando a embolização de artérias prostáticas (PAE) ao tratamento padrão ouro para próstatas de maior volume. Objetivo: comparar a PAE à Prostatectomia aberta (OP) no tratamento de pacientes com próstatas maiores que 80ml, em seguimento de 1 ano, em relação a avaliação clínica, urodinâmica e radiológica. Metodologia: ensaio clínico randomizado, de não-inferioridade, comparando PAE à OP. Os critérios de inclusão foram pacientes maiores de 40 anos, candidatos a enucleação prostática, refratários ao tratamento clínico, próstata ≥ 80 cc³, IPSS ≥ 8, IPSSQoL ≥ 3, estudo urodinâmico evidenciando obstrução infravesical, TCLE assinado, PSA < 4 ng/mL (ou investigação negativa para neoplasia). O seguimento foi realizado em 1, 3, 6 e 12 meses. O estudo incluiu 48 pacientes com ênfase nos desfechos urodinâmicos após 6 meses de tratamento. Testes t-student / Mann-Whitney, qui-quadrado, exato de Fisher e análise de variância de medidas repetidas foram aplicados conforme apropriados. Resultados: na análise do Qmáx aos 6 meses, ambos os grupos apresentaram melhora significativa em relação ao seu respectivo baseline, embora tenha sido mais pronunciada no grupo OP (4,52 vs 11,38 ml/s, com diferença de 7,8 ml/s, p<0,05). Na análise da obstrução infravesical, estimada por meio do estudo urodinâmico e representada pela PDetQmax e pelo BOOI, não houve redução satisfatória desses parâmetros no grupo PAE (BOOI baseline 93,7 vs BOOI 6 meses 84,04, p=0,354), diferente do grupo OP (BOOI baseline - 116 vs BOOI 6 meses - 21, p<0,001 – teste t amostras pareadas). Na análise geral, a prevalência de hiperatividades detrusoras foi reduzida em 5% no gupo PAE vs 44% no grupo OP. Em relação ao IPSS, a redução do escore foi satisfatória, com redução média de mais de 15 pontos, sem diferença significativa entre eles (p=0.131). Houve redução significativa do RPM nos dois grupos (PAE – 61,78 ml vs OP – 125,72 ml), sem diferença entre eles. Na análise do volume prostático, ocorreu redução de 20,6% no braço PAE, com predomínio do grupo OP sobre o grupo experimental (p<0,001). Conclusão: A PAE é um método inferior ao padrão ouro para o tratamento da obstrução infravesical em pacientes com próstatas de grande volume (> 80 cm³), uma vez que não melhora de forma satisfatória os parâmetros pressóricos durante a micção. Apesar disso, atinge melhora satisfatória dos níveis de IPSS, levando a incremento do pico de fluxo urinário com redução do resíduo pós miccional. |